Educador Rossandro Klinjey aponta fatores importantes que muitas vezes são esquecidos e devem ser levados em conta na hora de definir a melhor instituição
Com a chegada de 2024, muitas famílias se preocupam com a escolha de uma nova escola para os filhos, seja por uma eventual mudança de cidade ou bairro, motivos financeiros, ou até mesmo por uma certa insatisfação dos métodos escolares da atual instituição. E, como muitos sabem, todo esse processo de definição exige uma análise minuciosa.
Segundo o educador e psicólogo Rossandro Klinjey, cofundador e embaixador da Educa – principal solução para o desenvolvimento de competências socioemocionais em crianças e jovens no Brasil – a busca pela escola ideal deve necessariamente contar com a avaliação do corpo docente, a metodologia e as atividades extracurriculares. “Mas não é apenas isso. Todo cuidado é pouco na hora de escolher uma nova instituição de ensino, afinal, é nela que a criança passará a maior parte do dia e onde vai desenvolver suas principais habilidades e características pessoais”, acrescenta.
Avaliando essas dificuldades, o especialista preparou uma lista com quatro dicas que vão além do trivial para os pais e responsáveis realizarem a escolha da nova escola para os filhos. Confira:
1 – Espaço físico: As escolas devem oferecer um espaço físico adequado para a prática de atividades educacionais dinâmicas e interativas, como também devem contribuir para o bem-estar dos estudantes. Além disso, é importante ter em mente que é nesse espaço que o projeto pedagógico da instituição será colocado em prática. Com ambientes amplos e bem distribuídos, as crianças tendem a se sentir bem e mais seguras, independente da idade.
2 – Relação entre escola e família: É muito importante que o colégio siga uma linha educacional parecida com a que os pais estimulam em casa. Assim, tanto os pais quanto a escola podem manter uma comunicação ativa durante o desenvolvimento da criança. Vale ressaltar ainda que, além de procurar escolas que se encaixem no perfil de valores que permeiam a família, é fundamental também considerar a opinião da criança nesse processo, principalmente se a instituição estará de acordo com os interesses dela.
3- Cuidado emocional: Um ponto cada vez mais imprescindível no momento de definição é avaliar se a escola oferece atividades voltadas ao cuidado emocional. Hoje já é consenso que o estímulo à temática ajuda os alunos a desenvolverem habilidades cognitivas e voltadas para uma formação de integração, relacionadas à empatia, foco e responsabilidade, capacidade de lidar com frustrações e liderança, habilidades essas tão importantes quanto aulas de matemática, português e ciências.
Para se ter uma ideia, recente estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) analisou os níveis de autocontrole, empatia, autoconhecimento e habilidades sociais em alunos que tiveram acesso a conteúdos voltados ao desenvolvimento socioemocional. O levantamento verificou impactos positivos em todos os domínios avaliados: em empatia cognitiva emocional, variou 2,3%; em autoconhecimento, aumentou 13,5%; autocontrole, 13,9%, e as habilidades sociais, 7,2%. Não só isso, uma pesquisa do departamento de psicologia da Universidade de Chicago (EUA) revelou que alunos submetidos ao aprendizado de competências socioemocionais obtiveram uma melhora de 11% em suas notas escolares.
4 – Inclusão: Outro ponto primordial é avaliar se a instituição realmente valoriza e respeita a diversidade, proporcionando um ambiente acolhedor e inclusivo. É importante escolher um colégio que adote medidas para atender às necessidades dos estudantes, assegurando um espaço favorável ao desenvolvimento de todos, o que também favorece a formação integral dos aluno Rossandro
Klinjey, educador, psicólogo e embaixador da Educa