Peças inéditas de artesanato, fabricadas com diferentes técnicas e designs, estão expostas no Parque Shopping Bahia, em Lauro de Freitas, até o dia 13 de abril. O evento faz parte do projeto Rede Asta Exposição, Design e Sustentabilidade, que reúne 35 pessoas inscritas, promovendo a cultura e a história dos artesãos da comunidade de Sucupió, em Catu de Abrantes.
O objetivo da exposição, que conta com 30 peças, é a valorização do polo produtivo de Sucupió, que há mais de duas décadas beneficia cerca de 300 pessoas da comunidade com trabalho e renda vindos do artesanato. A principal técnica desse grupo é o “Trançado” feito com a matéria-prima Tala do Dendê, extraída na região.
Atualmente, existem cerca de 23 unidades produtivas artesanais presentes em Camaçari, que passaram pela transformação do negócio para se tornarem um empreendimento viável e sustentável.
Para Tania Oberding, diretora Industrial do Complexo Acrílico da BASF em Camaçari, essa ação faz parte da estratégia de engajamento social da empresa, que impacta positivamente a região ao conectar a possibilidade de solução de desafios sociais à estratégia de negócio. ‘‘Pretendemos aliar a geração de valor econômico de forma a criar também valor para a sociedade com o enfrentamento de necessidades e desafios”, conta.
Durante meses, o grupo recebeu mentoria de diversos profissionais do ramo, a exemplo do designer baiano Rodrigo Lira, que há mais de 20 anos se dedica ao Design ligado ao artesanato. Além das técnicas para o desenvolvimento das peças, o grupo ainda absorveu conceitos e conteúdos técnicos, como logística e precificação.
O grupo de trabalho atuou também no levantamento das demandas das unidades de produção, com o objetivo de compreender a rede de pessoas que trabalham no suporte (galpões) e como funcionava toda a cadeia produtiva – até a chegada do produto na frente da loja (venda).
“Esse projeto é muito gratificante. Veio expandir nosso trabalho, porque muitas pessoas não sabem o que a gente faz. A gente vai aprendendo coisas novas, fazendo coisas novas. Estou gostando muito”, afirma a artesã Sileusa Fonseca de Souza, filha de dona Lourdes, que trabalha há 23 anos na comunidade, vivendo do artesanato.