A Ceia de Natal é o ponto alto que antecede a troca de presentes na maioria das famílias. A celebração, que acontece na noite da véspera do 25 de dezembro, é marcada por momentos de alegria entre famílias e amigos e, principalmente, por pratos especialmente preparados para a confraternização.
O peru, que com o passar dos anos ganhou concorrentes, desponta como o principal prato. Ele foi incorporado na mesa dos brasileiros baseado na cultura do Dia da Ação de Graças nos Estados Unidos. Lá, o peru era criado pelos índios, que o ofereciam em oferendas como símbolo de fartura por ser grande e poder alimentar várias pessoas.
Nozes, castanhas e avelãs, frutos secos, típicos dos países nórdicos, podem ser consumidos individualmente ou em sobremesas. A associação com o Natal está relacionada à época típica de produção das plantas nativas da Europa e da Ásia, que costumavam dar frutos no fim do outono e começo do inverno.
Histórias natalinas como a do quebra-nozes, lançada em 1881, ajudaram a popularizar a tradição.
Outro prato típico é o salpicão. O nome seria oriundo da palavra salpicón, comum nas culinárias mexicana e francesa, e que faz referência ao preparo que leva ingredientes crus e molho. Trata-se de um prato servido frio, em forma de salada. No Natal, a receita que leva batatas, cenoura, frango e outras tantas opções de ingredientes, costuma ser incrementada com nozes picadas e uvas passas.
O panetone também é comum no Natal. Ele nasceu na Itália, em Milão, durante a Idade Média. A versão mais comum da origem é que um padeiro chamado Toni acabou adicionando, por engano, uvas passas em um pão doce. Para tentar aproveitar o que sairia do erro, ele acrescentou frutas cristalizadas e acabou surgindo o pão de Toni, hoje panetone. A receita teria chegado ao Brasil no século 19, trazida por imigrantes europeus.
A rabanada se originou em Portugal, onde é tradicional no dia da Consoada (leve refeição noturna, sem carne, que se toma em dia de jejum), que acontece em 24 de dezembro. Ela teria sido criada para aproveitamento do pão amanhecido e com o tempo foi incorporada às tradições natalinas. Também há versões de que seria uma tradição europeia servir rabanada para mulheres que davam à luz, com o intuito de que produzissem mais leite.