Estudantes do Colégio Perfil se destacam em concurso de inovação

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Explorar temas contemporâneos como a sustentabilidade e inovação, usando as novas tecnologias como ferramentas, são quase que pré-requisito para a formação dos novos estudantes, preparandoos para o mercado de trabalho e a vida. E quem percebeu isso há pelo menos cinco ou 10 anos, já está colhendo frutos.
 
Bons exemplos podem ser vistos em estudantes do Colégio Perfil, em Vilas do Atlântico. Este ano já teve visita ao Vale do Silício, com apresentação do Projeto de Inovação, da estudante Giovana Argolo, do 2º ano do Ensino Médio, e agora quatro estudantes do 9º ano se preparam para a final da Olimpíada do Futuro, este mês.
 
Desde 2018, o Colégio Perfil é certificado pelo Google como escola de referência. Segundo o professor Bruno Abdon, coordenador de Tecnologia Educacional, “o foco não é a tecnologia, mas as pessoas. Não usamos a tecnologia na educação para tornar as coisas mais frias e automatizadas, mas para viver novas experiências dentro e fora de sala de aula.”
 
O VALE DO SILÍCIO
O projeto de Giovana Argolo começou a ser desenvolvido no início do ano letivo. Sua meta era criar uma solução tecnológica que identifica como os alunos aprendem, e para isso ela se baseou em um artigo de Harvard. “Usando o Google Formulários, conseguimos extrair dados importantes sobre o processo de ensino e aprendizagem de cada turma. Depois os dados foram usados pelos professores do Colégio Perfil para prepararem aulas específicas baseadas nas indicações geradas pela ferramenta”. Resultado: o projeto melhorou o engajamento dos estudantes e proporcionou aos professores melhor aproveitamento dos conteúdos e do tempo de aula.
 
Para chegar até a sede da Google, no Vale do Silício, Giovana se inscreveu na Missão ao Vale do Silício, concurso anual promovido pela Foreducation EdTech, que premia projetos inovadores que podem melhorar a educação de maneira simples, usando as ferramentas Google.
 
A missão aconteceu de 13 a 23 de setembro. O Vale do Silício é o maior polo de inovação e tecnologia do mundo e possui uma cultura totalmente voltada à criatividade e ao empreendedorismo. Foi lá que nasceram grandes empresas como a Apple, o Facebook e o próprio Google.
 
OLIMPÍADA DO FUTURO
O desafio agora está com quatro estudantes do 9º ano: Maria Fernanda, Diogo Liotti Amaro, João Gabriel Paixão e Marcella Renata Souza. Sob a orientação do professor Rodrigo Lorenzo, os jovens desenvolveram um projeto usando o modelo de startup com objetivo de diminuir o lixo da cidade e melhorar as condições de trabalho dos catadores de material reciclado.
 
A proposta é tão boa, que eles estão na final da Sapientia – Olimpíada do Futuro, competição nacional com foco no conhecimento e nas habilidades contemporâneas e futuristas. Pensada para estudantes do Fundamental 2 e Ensino Médio, os jovens são instigados a refletir sobre a Agenda 2030 da ONU, que é um Plano de Ação Global para erradicar a pobreza e promover a vida digna para todos dentro dos limites do planeta. A proposta é trazer para realidade dos alunos temas importantes que a comunidade global – países, cidades, empresas – vêm debatendo.
 
“O trabalho multidisciplinar permite que a escola ambientalize melhor os seus projetos, desenvolvendo nos alunos as habilidades necessárias para uma aprendizagem pautada principalmente na contextualização. É dessa forma que o aluno consegue compreender a intencionalidade e ter consciência do que está aprendendo”, conta o professor Rodrigo.
 
A startup idealizada pelos finalista foi batizada de Point Sustentável. A ideia é contribuir ativamente para o descarte correto de materiais reciclados, diminuição de alagamentos e conscientização da sociedade o problema do lixo. Para isso, a principal missão da startup é melhorar as condições de trabalho e empoderar os catadores de material reciclado sobre temas como empreendedorismo e sustentabilidade.
 
Mas o caminho é longo e o projeto foi pensado em etapas: O primeiro passo será a reforma dos carrinhos de coleta, em parceria com empresas locais, a exemplo do próprio Colégio Perfil. Na segunda etapa serão desenvolvidos o aplicativo para conectar os produtores de resíduos aos catadores de lixo; os carrinhos serão adaptados para receber um sistema que aproveita a energia cinética para alimentar um motor elétrico que movimentará o carrinho; e os catadores receberão cursos profissionalizantes para aumentar suas possibilidades de atuação também fora das ruas. Por último, serão construídos pontos de coleta para aumentar a eficiência do ciclo do lixo, gerando benefícios sociais e econômicos.
 
“Juntamente com as ações direcionadas ao catadores, o projeto da Startup Point Sustentável, irá desenvolver ações voltadas para o público em geral. Serão distribuídas cartilhas de educação, e empresas parceiras receberão o Selo Point Sustentável. A comunidade também será impactada através das mídias sociais, podendo acompanhar detalhes do projeto”, frisa.

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