Hemocentro animal de Lauro de Freitas realiza campanha para doação de sangue

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animais de grande porte podem ser doadores de sangue

Imagina receber a notícia que o seu animal de estimação está doente, precisa de uma cirurgia e transfusão de sangue? Essa situação é mais comum do que se imagina e o que a maioria das pessoas não sabe é que existem bancos de sangue animal onde é possível não apenas contratar o serviço, como levar os animais para serem doadores regulares de sangue.

pets podem doar sangue

Em Lauro de Freitas, o Hemocentro Animal Dea+ funciona desde 2019, atendendo principalmente Salvador e Região Metropolitana, e sempre que possível, outras cidades em todo o país. Sua fundadora, Patrícia Estevam (ao lado), estudante de veterinária e farmacêutica bioquímica, com mais de 20 anos de experiência trabalhando em hemocentros, destaca que assim como acontece nos hemocentros humanos, a demanda pelas bolsas de sangue é superior à oferta, sobretudo no caso dos felinos. “Para atender a demanda média, o ideal seriam 100 coletas/mês, sendo 80 de cachorros e 20 de felinos. Tem meses que só conseguimos 12 doações e por vezes acontece de termos uma demanda de 5 bolsas de felinos e, infelizmente, apenas 2 ou 3 disponíveis”, explicou.

O Dea+ realiza o processamento dos hemocomponentes de forma totalmente automatizada, utilizando a mesma estrutura de um hemocentro humano. Essa tecnologia permite que cada unidade de sangue (coleta de 450ml) resulte em até quatro hemocomponentes, que serão utilizados para salvar a vida de outros animais.

Para ser um doador, os cães devem ter pelo menos 25 kg, idade entre 1 e 8 anos, ser dócil e estar com vermífugo, vacinas e carrapaticida em dia. Já os gatos devem ter pelo menos 4 kg, idade entre 1 e 8 anos, com vermífugo e vacinas em dia.

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Antes da doação o animal é avaliado para verificar restrições clínicas, como cirurgias recentes, prenhez e amamentação, doenças crônicas, uso de medicação, entre outros. Como benefícios, o animal recebe acompanhamento clínico com check-up completo. Já para os animais que aderem ao clube do hemocentro, com o compromisso de três doações/ano (com intervalo mínimo de três meses), recebe também as vacinas da raiva e múltipla.

“Assim como nos humanos, a forma que o animal vai reagir a essa coleta muda muito. Tem cães que depois da doação ficam mais molinhos e sonolentos, já outros saem tão espertos quanto chegam. O importante é destacar que essa doação precisa proteger tanto o doador como o paciente que vai receber essa bolsa. Dessa forma, o animal não pode ser forçado a fazer o que não quer”, reforçou. 

Bolt Negro Lindo já é doador há quatro anos. Amanda Camaçarí, sua tutora, conta que descobriu o hemocentro através de outro pet que já era doador. “A doação de sangue é uma ação que, apesar de muito nobre e necessária, ainda não é tão conhecida e repercutida entre os tutores de pets. E assim como para humanos, a doação entre os pets é muito importante, o banco de sangue sempre está precisando. Isso é uma garantia de uma nova oportunidade de vida para vários amigos de quatro patas”, afirmou Amanda. 

Conhecendo bem o Bolt, Amanda conta que ele se sente muito à vontade no ambiente, até porque é extremamente paparicado. “O ambiente é todo preparado para eles, climatizado, com musicoterapia e aromaterapia visando sempre o bem-estar animal e de nós tutores. E ele ainda ganha petiscos.” 

“Com objetivo de alcançar o número de doações necessárias, lançamos a campanha ‘Amar, Doar, Salvar’, e nossa expectativa é que mais tutores possam conhecer o nosso trabalho. Percebemos, principalmente em Vilas do Atlântico, um grande número de cachorros de médio e grande porte, potenciais doadores que podem ajudar a salvar vidas”, concluiu a veterinária Patrícia. 

Para saber mais sobre a campanha e se o seu pet pode ser um doador, acesse @dea.positivo.hemocentro no Instagram.

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