Suellem Santos e sua mãe, Simone, denunciam um caso de racismo sofrido por elas enquanto tentavam fazer compras em uma loja de calçados em Lauro de Freitas. O caso ocorreu no dia 7 de março.
Segundo Matheus Maciel, advogado que representa mãe e filha, elas foram até a loja de sapatos DiFábrica e, logo que chegaram ao local, nenhum funcionário foi atendê-las, embora a loja estivesse vazia e com muitos funcionários disponíveis. “Em certo momento os funcionários que estavam juntos passam a se posicionar na loja que tem um espaço físico muito grande de modo a cercar minhas clientes, sem se prontificar para ajudar, apenas observando como se fossem uma ameaça para a loja.”
Em vídeo publicado por Suellem nas redes sociais, ela conta que foi ao estabelecimento para comprar um presente de aniversário para a mãe. “Assim que a gente percebeu a situação eu falei ‘mãe, isso é uma situação de racismo’. Ninguém abordou a gente para perguntar, eu já estava com a sandália que iria dar de presente para ela e eles (funcionários) estavam cercando a gente para todo local que a gente ia”, desabafa.
Desconfortáveis com o cerco feito, as duas desistiram da compra e chamaram o gerente, que teria dito que era novo na loja e que já havia realizado mudanças no quadro funcional por questões de comportamento. “Já soubemos que há relatos de situações parecidas com a loja”, destacou o advogado.
“Foi extremamente humilhante a situação… Estou aqui com o gerente, passando toda a situação para ele. A gente desistiu de comprar, porque é vergonhoso isso. Chega a abalar a pessoa”, diz Suellem.
Maciel ainda acrescentou que ainda irá acompanhar as duas à delegacia da área para noticiar os fatos, além de acionar o ministério público. A defesa irá requerer indenização por danos morais.
Para a equipe do jornal Correio da Bahia, loja a DiFábrica infomou que o modelo de loja visitado pelas clientes é de autoatendimento. No local não há vendedores e conta apenas com operadores de loja, que têm como função a reposição de produtos nas gôndolas.