Tem sido comum à população reclamar da má prestação dos serviços públicos, seja na saúde, educação, segurança e, até mesmo, nas áreas onde são feitas concessões para empresas privadas, como é o caso do transporte. A imagem, bastante desgastada, recai sobre os servidores públicos, no entanto, boa parte das grandes e importantes decisões estão sendo tomadas por políticos em cargos que deveriam estar sendo ocupados por técnicos. Até mesmo na formação de equipes de trabalho os critérios políticos e pessoais estão sendo mais levados em conta, em detrimento dos currículos profissionais. Desta maneira, bons servidores, com boa bagagem de conhecimentos, costumam ser alocados em áreas para as quais não estão capacitados e em níveis hierárquicos inferiores aos seus perfis.
Alguns “gestores” adotam a prática de inchar a folha de pessoal, empregando mais, com baixos salários e sem exigir o mínimo de capacitação técnica, ao invés de priorizarem os recursos, contratando bons profissionais que, em áreas de direção, supervisão, coordenação e chefia, certamente garantiriam melhor prestação dos serviços, além de um bom planejamento, elaboração de programas e projetos direcionados para a geração de emprego e renda, por exemplo.
Eis, resumidamente, o motivo de algumas prefeituras, mesmo dotadas de orçamento financeiro significativo, não estarem entregando resultados minimamente satisfatórios.
Os recursos existem. O que falta é saber administrá-los.
Os reflexos com a má prestação dos serviços públicos vem causando prejuízos para toda sociedade, a curto, médio e longo prazos. Os impactos com tal opção de “gestão” afetam o mercado de trabalho, desvalorizando a qualificação profissional e, consequentemente, a qualidade da prestação dos serviços também no segmento privado, uma vez que, tais empresas, dependem de uma boa imagem e da satisfação dos seus clientes, para se destacaram perante a concorrência.
O assunto requer mais atenção, sobretudo por estarmos iniciando um ano eleitoral e, uma vez que muitos fóruns, antes criados para discussões, estão sendo esvaziados, a exemplo dos conselhos temáticos e das audiências públicas.
É necessário que cada cidadão esteja atento e insista, ainda que através das redes sociais, reforçando a importância de levar tais temas também para as reuniões de condomínios e associações de moradores. Trata-se de garantirmos uma convivência minimamente harmônica em sociedade.
Precisamos debater sobre os assuntos que consideramos prioritários, antes que as atenções sejam voltadas para as campanhas eleitorais. Somos nós, eleitores, que devemos assumir este protagonismo. Não podemos nos portar como coadjuvantes em um processo ao qual continuaremos arcando com despesas sem obtermos bons resultados. As nossas propostas de mudança precisam estar em evidência para que sejam defendidas pelos nossos representantes.
Hendrik Aquino é designer, jornalista, especialista em planejamento urbano e gestão de cidades pela Unifacs, e gestor de projetos pela Unijorge.
Realmente também concordo que precisamos nos mobilizar o mais rápido possível para discutirmos sobre o que podemos fazer para mudar este cenário desastroso que se encontra Lauro de Freitas.
É como um amigo fala: o sistema é uma máquina, a força q se faça, não há como parar. Aí de quem tentar!, sua engrenagem e indestrutível ao ponto de te esmagar.
Penso eu que essa engrenagem é alimentada por uma força sinergetica, chamada corrupção.
Se conseguirmos desligar essa máquina, ela para.
“Artigo muito bem escrito, bem de acordo com as aspirações da população tão sofrida, combatendo um ‘ciclo vicioso’ em várias gestões, nomeando ‘apadrinhados’ que não têm a mínima condição de entregar o que foi contratado. Parabéns por resumir tão bem o problema a ser enfrentado e apontar soluções.”
Excelente artigo, nois comunidade civil temos que nos unir e mudar , as eleições municipais já estão ai, unidos vamos colocar uma nova gestão, uma gestão que trabalhe junto com a comunidade e poderemos melhorar nossa,cidade, bairro e rua!
Temos muito fazer, vamos para cima!
De acordo com Hendrick! Sou Administrador e compreendo que no serviço público ou privado, a prioridade é de um gestor com capacidade técnico operacional e não política.
Forte abraco