No início de abril, o cenário político na cidade de Lauro de Freitas pegou fogo. De um lado, a prefeita Moema Gramacho, depois de muitas especulações, juntou todas as suas forças políticas em torno do nome do secretário de Desenvolvimento Urbano, Antonio Rosalvo. Rosalvo foi vereador por três mandatos e já ocupou o cargo de presidente da Câmara Municipal. A vice ficará com a atual presidente da Câmara e amiga pessoal da prefeita, Naide Brito.
No campo da oposição, ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, operou um verdadeiro milagre ao conseguir unir o grupo em torno de dois nomes: a vereadora Débora Régis e o ex-vereador Matheus Reis. A escolha da cabeça da chapa será feita pela avaliação das pesquisas eleitorais no período da convenção partidária, o que faz de Débora a favorita no pleito hoje.
A façanha de Neto foi tão grande que ele conseguiu reunir os melhores quadros de vereadores em seu partido, União Brasil. A estratégia adotada é para que o partido feche um cinturão de candidaturas nas principais cidades da região metropolitana, para que os programas de TV e rádio colaborem com os resultados. Porém, a movimentação deixou os demais partidos vinculados à oposição enfraquecidos, inclusive fazendo com que o PDT, ex-partido de Débora, não participe das eleições na cidade neste ano.
Vale lembrar que toda essa movimentação é para que no final de julho ou início de agosto, durante as convenções partidárias, sejam oficializados os nomes de candidatos para prefeitos e vereadores que irão participar da disputa, que só se inicia em 16 de agosto.
Como visto, ainda tem muita água pra passar por debaixo da ponte até o dia 6 de outubro. Mas parece que na cidade os candidatos estão esquecendo que ainda faltam cinco meses.
Passar todo esse tempo pedindo voto e não apresentando propostas concretas para melhorar a qualidade de vida dos moradores de Lauro de Freitas poderá ser um tiro no pé.
Errados estão aqueles candidatos que acham que todos os eleitores já os conhecem e sabem sobre a suas histórias, suas qualidades e aptidões para ocuparem um cargo público. A pressa sempre foi a inimiga da perfeição e ao que tudo indica continuaremos longe dela por mais quatro anos.