Uso de antiácidos pode piorar sintomas de doença no estômago

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Sensação de estufamento e de que o alimento está parado no estômago, azia e queimação são sinais de uma dificuldade para a digestão e até podem, eventualmente, ser resolvidos com antiácidos ou remédios para a dor de estômago.
 
Mas, segundo especialistas, se esses sintomas aparecem com frequência após as refeições, tomar qualquer medicação sem a orientação médica pode agravá-los ou até camuflar uma doença mais grave, como um câncer.
 
Isso porque esse conjunto de sintomas é caracterizado como dispepsia, que é um série de manifestações clínicas relacionadas à má digestão recorrente e que, segundo o gastroenterologista Tiago Szego, podem indicar doenças como gastrite, refluxo, alergias alimentares, úlcera e até câncer no intestino. “Não está correto ficar tomando medicação sem prescrição médica e também se medicar sem saber ao certo a doença”, afirma.
 
O endoscopista Alfio Paglia aponta o risco: “Imagine que o paciente esteja apresentando um mau funcionamento da digestão e começa a fazer uso desses antiácidos. Por certo tempo, ele vai sentir um alívio, mas se isso é recorrente, ele pode estar mascarando uma úlcera, um tumor”, afirma.
 
O médico critica a facilidade de acesso à grande variedade de medicamentos relacionados à digestão sem a necessidade de receita.
 
O uso de anti-inflamatórios e analgésicos também deve ser acompanhado pelo médico, porque eles podem irritar o estômago e aumentar o desconforto.
 
Entre as indicações para evitar doenças digestivas e a indigestão, a Sociedade Brasileira de Gastroenterologia recomenda que a alimentação seja feita em local tranquilo, que a pessoa com a devagar, evite refeições volumosas, reduza o consumo de alimentos gordurosos, condimentados e ácidos e não fume.
 
Saber causa é o que define o tratamento
A dispepsia tem cura, mas é necessário saber sua causa. “São diversas as possibilidades, então não é possível pontuar especificamente um tratamento”, afirma o gastroenterologista Tiago Szego. O tratamento consiste no combate à causa da dispepsia e em muitos casos na mudança de hábitos alimentares e do estilo de vida. “Por isso, ela sempre deve ser investigada”, afirma o endoscopista Alfio Paglia.

 

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