Mãe Lúcia fala ao auditório durante a audiência pública: Bankoma em detaque
Tema de audiência pública realizada no Cine Teatro de Lauro de Freitas, a pergunta tem resposta em produção: “Que Cultura Nós Queremos?”. Entre as demandas dos agentes culturais, ganhou destaque a realização de editais e o aumento dos recursos destinados ao Fundo de Cultura.
O evento, que contou com a participação de representantes da sociedade civil e do governo municipal, listou ações recentes da secretaria de Cultura, a exemplo de duas jornadas culturais e do festival municipal de dança, que contou com a participação de 17 grupos. A Companhia Municipal de Teatro Amador, que atua com mais de 100 jovens da rede municipal de ensino, também foi lembrada pelo secretário da pasta da Cultura, Manoel Carlos dos Santos.
Eventos futuros que contarão com o apoio da secretaria também foram destacados, incluindo a segunda Jornada de Teatro do Oprimido e da Oprimida, confirmada para outubro. O município tem hoje 52 eventos calendarizados. Destes, 22 são considerados eventos que ressaltam as manifestações da cultura tradicional.
Representante da Associação São Jorge da Gomeia, do bairro de Portão, a presidente do Ponto de Cultura Bankoma, Lúcia Neves, lembrou os obstáculos encontrados pelos negros ao longo da história e falou sobre o desafio diário de manter firme a ancestralidade do seu povo, resguardada e protegida pelo candomblé.
Mãe Lúcia também destacou o trabalho realizado no Bankoma durante todo o ano, a exemplo dos cursos de percussão, de dança, a fabricação de instrumentos, oficinas de corte costura e estética afro, ações que geram emprego e renda e que ganham visibilidade durante o Carnaval no desfile do Bloco Bankoma. O grupo leva para a avenida a música, dança, adereços, roupas, e instrumentos, resultados de um trabalho realizado durante todo o ano.
Participantes de diversos movimentos culturais do município deram a sua contribuição, trazendo à tona o debate em torno da instituição do Plano Municipal de Cultura de Lauro de Freitas e a gestão dos recursos destinados aos projetos culturais.
A aplicação dos recursos é decidida a partir das deliberações do Conselho de Cultura, formado por integrantes do governo e da sociedade civil.