Ciclismo: mais do que um esporte, uma filosofia de vida

0
1465
Estilo de Vida

Aproveitando a celebração do Dia Nacional do Ciclista, em 19 de agosto, faz-se necessário promovermos uma reflexão profunda sobre esta prática esportiva e sociocultural, pois mais do que um esporte, o ciclismo é uma filosofia que transforma vidas. Sua prática constante, além de contribuir com a mobilidade urbana (redução dos engarrafamentos) e a sustentabilidade do planeta, traz muitos benefícios para o praticante, como: promove o emagrecimento, melhora a resistência muscular, desenvolve o bem-estar, reduz o colesterol, regula a pressão arterial, elimina toxinas no corpo, contribui com o rejuvenescimento, melhora a vida sexual e, por fim, diminui os riscos de ansiedade e depressão.

Não precisa ser especialista no tema para afirmar que o ciclismo é um grande fenômeno da contemporaneidade. Basta transitar pelas ruas da primeira capital do Brasil, Salvador, ou na primeira cidade da Costa dos Coqueiros, Lauro de Freitas, sobretudo nos primeiros horários das manhãs, para observar a quantidade de grupos de ciclistas dando vida, cor e movimento a paisagem urbana.

Se o ciclismo se tornou uma prática social em ascensão antes mesmo do contexto pandêmico, o isolamento social e a demanda de esportes em ambientes abertos e naturais, consagraram o ciclismo como um fenômeno social da contemporaneidade sem precedentes, sendo, ao mesmo tempo, pela sua própria gênese e dinâmica, esporte, lazer e cultura.

Dentro do vasto universo do ciclismo, observamos uma prática inovadora que é o Cicloturismo de Base Comunitária (CTBC), derivada da nossa tese de doutorado. Esta noção refere-se a um movimento cultural que busca integrar rotas ciclísticas com feiras de economia solidária, saraus comunitários, ocupação cultural de ruas e praças, bem como ações no campo da educação ambiental e patrimonial. Assim, é uma prática que une o lazer e a mobilidade, sendo a bicicleta uma companheira de viagem que permite uma interação ímpar entre o viajante, a paisagem e a cultura do lugar.

Neste prisma, há uma filosofia prática de valorização da cultural local e preservação da natureza, ocasionando, desta forma, melhoria na qualidade de vida, não apenas do ciclista, mas da comunidade. 

Aqui na Bahia, o Cicloturismo de Base Comunitária é realizado, comumente, pelo Pedal Zen e outros grupos parceiros, como Tony Bike, Canela Seca, Mural, entre outros. Portanto, diante de tantos benefícios pessoais e sociais, que tal procurar logo uma ‘magrela’ para colocar sua vida em movimento?

Tássio S. Cardoso é historiador, doutorando em Educação (UNEB ) e ciclista, coordenador do Pedal Zen e idealizador do Cicloturismo de Base Comunitária.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui