Cuidar da saúde é importante em qualquer idade. Mas exames específicos se fazem mais necessários a medida que envelhecemos. Mas a partir dos 60 anos, quando tem início a terceira idade, é essencial realizar todos os testes com regularidade, e sempre com pedido médico em mãos.
Nessa faixa etária, homens e mulheres devem fazer anualmente exames de hemograma, para detectar anemia, além de ureia e creatinina, para checar as funções renais.
“Quanto antes os exames forem feitos, melhor para diagnosticar e curar uma eventual doença. Mas o sedentarismo, diabetes e obesidade são fatores que têm feito com que alguns problemas de saúde aconteçam mais cedo”, explica João Vicente da Silveira, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo. “Os jovens, porém, são os que menos se cuidam. Alguns usam drogas ilícitas que machucam o coração. Por isso é fundamental fazer um check up anual em qualquer idade”, conclui o médico, que explica que as doenças do coração são as que mais matam no Brasil.
Para Paulo Camiz, geriatra, clínico geral e professor do Hospital das Clínicas de São Paulo, é importante individualizar os exames. “Há exames fundamentais quando se muda a faixa etária. Mas quem fuma, por exemplo, deve ter mais atenção constante”, afirma Camiz.
A partir dos 70 anos, o médico lembra que é primordial ter atenção à osteoporose, mais comum nessa idade. “Ajuda a evitar quedas.” Entre os 50 e 70 anos, ele explica, são fundamentais exames de próstata, para os homens, e mamografia, para as mulheres.
Camiz destaca, ainda, a importância dos exames ginecológicos e de doenças sexualmente transmissíveis para garotas, após a primeira relação sexual. “O papanicolau é essencial a partir desse momento”.
TESTE DO PEZINHO É ESSENCIAL
Um dos mais importantes testes ao recém-nascido é o do pezinho. Obrigatório e gratuito, é feito em 48 horas após o nascimento da criança, onde o sangue do bebê também é colhido a partir de um furinho no calcanhar.
“O objetivo é detectar doenças genéticas. Com a descoberta precoce, é possível tratar antes mesmo de os sintomas aparecerem”, alerta o cardiologista Anis Mitri, do Cecam.