A prefeita eleita de Lauro de Freitas, Débora Regis, assume a gestão municipal no dia 1º de janeiro de 2025, com muitos desafios, que vão desde organizar a saúde financeira do município, o que implica inclusive na redução do número de secretarias, à montar sua equipe de trabalho priorizando profissionais com expertise reconhecida.
“Percebo que a população está com uma expectativa muito grande, mas o início da gestão não será fácil. Vamos encontrar uma cidade cheia de problemas, tenho recebido ligações de fornecedores que estão com seus pagamentos em atraso e já temos uma ideia do que vamos encontrar a partir do primeiro dia de gestão. Peço que a comunidade tenha um pouco de paciência e continue nos dando seu voto de confiança. Nos primeiros meses será necessário adotar medidas para equilibrar a saúde financeira, para depois entregar os benefícios para a população”, afirmou.
Segundo Débora, parte dessas medidas envolve a organização das secretarias, começando pela redução da quantidade – na atual gestão são 18 secretarias, além da Controladoria e Procuradoria Geral –, bem como a escolha de um corpo técnico, que equilibre homens e mulheres, mas pautado na expertise de cada área.
“Tenho procurado profissionais de Lauro de Freitas. Meu desejo é que 100% das secretarias sejam ocupadas por pessoas da cidade. Mas sabemos que determinadas pastas precisam de pessoas técnicas para apresentarem resultados. Temos problemas emergenciais a serem resolvidos e não temos como alocar pessoas sem experiências para fazerem o que precisa ser feito logo nos primeiros meses. Tenho todo esse cuidado. E estou atenta também para trazer as mulheres para a gestão. Lauro de Freitas tem mulheres em condições de assumir determinadas pastas, que são impactantes, para além da secretária de Políticas Públicas para Mulheres. Me refiro à Seinfra, Settop, entre outros espaços, que ao longo do tempo foram ocupados exclusivamente por homens”, declarou.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Prevendo um colapso dos serviços públicos essenciais no município, Débora Regis, pediu apoio ao Ministério Público Estadual. Recebida pelo procurador-Geral de Justiça, Pedro Maia, ela relatou fatos graves que estão acontecendo na cidade desde o final das eleições, como demissões em massa, atraso nos pagamentos dos funcionários e de fornecedores, comprometendo o funcionamento das áreas essenciais, como saúde e educação. Na ocasião, entregou ao procurador-geral um documento em que narra os acontecimentos neste final da gestão da atual prefeita Moema Gramacho (PT) e mostra inclusive uma servidora rasgando documentos públicos.
“O Ministério Público, como guardião da ordem jurídica e defensor da sociedade, tem papel essencial em garantir que a administração pública seja executada de forma justa e em conformidade com os princípios constitucionais que asseguram a boa governança”, declara Débora, reforçando que pretende estabelecer diálogo constante e próximo tanto com o Ministério Público quanto com a Defensoria Pública e com o Poder Judiciário e as forças de segurança pública para garantir que sua gestão seja “eficiente e atenda às necessidades da população de forma coordenada com essas instituições, prevenindo irregularidades, garantindo a correta a execução dos contratos e assegurando que os serviços públicos sejam prestados com excelência”, finalizou.
