Dia D da vacinação contra pólio e sarampo teve baixa afluência

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Gêmeos recebem a gotinha da vacina anti-pólio no posto de vacinação na Escola Rotary em Quingoma: movimento ficou abaixo da expectativa no dia D
 
A meta era que até o fim de agosto pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças de um a quatro anos fossem vacinadas contra a poliomielite e o sarampo. Até o fechamento desta edição da Vilas Magazine (27/8) ainda não havia números finais da campanha, mas em Lauro de Freitas apenas 30% do público alvo havia sido vacinado até o dia 18 de agosto, o dia D da mobilização, de acordo com a prefeitura. A campanha prosseguiu até o fim do mês passado.
 
Na média, a Bahia estava com a cobertura em 43% para as duas vacinas, com apenas três municípios acima dos 80% e mais de 300 abaixo de 50%. Rondônia era o estado mais bem posicionado na campanha, com 85% para a vacina anti-poliomielite e 83% para sarampo. O Rio de Janeiro era o mais atrasado, com 29% e 31%, respectivamente. Nacionalmente, a média ficou em 51%, sempre apenas até o dia 18.
 
Otimista, o secretário de Saúde de Lauro de Freitas Erasmo Moura disse que o município tem um histórico positivo de cumprimento das metas nas campanhas de vacinação. “Enquanto outras cidades têm dificuldade de atingir a meta de 95% de imunização do público alvo, Lauro de Freitas em todas as campanhas atingiu e pretendemos repetir o feito nesta do sarampo e poliomielite”, afirmou. No mês anterior, a prefeitura não informou em quanto estava a cobertura vacinal em Lauro de Freitas.
 
“Queremos atingir 100% da meta ou mais porque nosso município não atende somente as crianças de Lauro de Freitas, mas também as que vêm de Salvador e da Região Metropolitana”, disse a prefeita Moema Gramacho (PT). E deixou um apelo: “as pessoas precisam entender que dedicar um tempo pra levar as crianças pra vacinar pode salvar a vida delas”.
 
De acordo com a prefeitura, “a resposta nos postos de vacinação em Lauro de Freitas foi positiva”, mas em regiões como o Quingoma a afluência de pais e responsáveis para vacinar as crianças ficou abaixo da expectativa durante todo o sábado do dia D.
 
Para o ministro da Saúde, Gilberto Occhi “esse é um movimento de todos, um trabalho de todos para proteger as nossas crianças”. Pais e responsáveis devem levar as crianças que ainda não foram vacinadas, independente da situação vacinal anterior, já que este ano a campanha é indiscriminada. O esforço é impedir que doenças já erradicadas retornem ao Brasil. 
 
Para a poliomielite, as crianças que ainda não haviam tomado nenhuma dose da vacina foram vacinadas com a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). As crianças que já haviam tomado uma ou mais doses receberam a gotinha da Vacina Oral Poliomielite, a VOP. Em relação ao sarampo, a meta era vacinar todas as crianças com uma dose da tríplice viral, independente da situação vacinal. A exceção era para as que tivessem sido vacinadas nos trinta dias anteriores, não necessitando de nova dose.
 
O governo federal oferece todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo, são 19 para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Por ano, são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos.
 
SARAMPO
De acordo com o ministério, o país enfrenta atualmente dois surtos de sarampo, em Roraima e no Amazonas. Até o dia 14 de agosto haviam sido confirmados 910 casos de sarampo no Amazonas. Outros 5.630 permanecem em investigação. Já em Roraima, foram 296 casos confirmados, com 101 em investigação.
FOTO: Animada pelos super heróis, cada um com seu uniforme preferido, a criançada comparece para a vacinação antipólio e sarampo
 
Também a Europa vive um surto de sarampo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atingindo um número recorde. Os dados, divulgados pela organização no mês passado, apontam que mais de 41 mil crianças e adultos foram infectados com sarampo só nos primeiros seis meses de 2018. O número total de casos para esse período excede os 12 meses reportados em todos os outros anos desta década. Sete países tiveram mais de mil casos desde janeiro: França, Geórgia, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia – este o país mais afetado, com mais de 23 mil pessoas infectadas. Na Europa, pelo menos 37 pessoas já morreram este ano devido à doença.

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