Eleição de pé no chão

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Eleição de pé no chão
Para o bem e para o mal, vamos viver ao longo deste mês, a campanha eleitoral mais atípica de todos os tempos. Muita gente nem percebeu ainda que há uma campanha em curso. Claro, o início da propaganda na televisão vai alertar quase todos, mas nas ruas não se percebe qualquer diferença em relação a dias normais. A tendência é que as pessoas tomem um susto na véspera do dia da votação, que acontece a dois de outubro.
 
Esse novo contexto vem para o bem na medida em que ficam minimizados fatores artificiais na eleição. Vender os candidatos como se fossem margarina em prateleira de supermercado nunca fez qualquer sentido, mas as campanhas eleitorais foram se aproximando cada vez mais disso. A onipresença dos “marqueteiros” denunciou sobejamente a abordagem comercial que se faz das eleições.
 
Com menos tempo e menos dinheiro disponível para vender frivolidades como jingles criativos, retratos retocados, layouts bem produzidos ou sorrisos plastificados, os candidatos ficam reduzidos à realidade da implantação social, da conexão às comunidades.
 
Mas o menor tempo de campanha e a verba reduzida vem também prejudicar a apresentação de novos candidatos, com potencial para prestar serviços relevantes, muitas vezes ligados a comunidades, mas sem espaço adequado para ampliar o eleitorado. Esse esforço terá que ser empreendido, de agora em diante, durante os quatro anos anteriores à eleição, com pé no chão e representação legítima dos interesses da população.
 
Intenções
Não que faça alguma diferença em relação a anos anteriores, mas a cidade está vivendo um semestre de compasso de espera. Já se sabe que o atual governo não passa de 31 de dezembro, mas ainda não se sabe quem assumirá os serviços públicos daí em diante. Surpresas não haverá, é certo. As alternativas que estão postas são apenas mais do mesmo, com discursos diversos. Mas a esta altura do campeonato, o mais do mesmo, desde que feito com um mínimo de dedicação, já será um grande avanço.
 
Não é o nome deste ou desta, aquele ou aquela que vai fazer uma diferença. O roteiro da gestão municipal não admite grandes inovações, especialmente em tempos de cofre vazio. O que pode variar são as intenções com que determinado nome chega ao Executivo ou ao Legislativo municipal.
 
Caderno especial de eleições
Circulará em 23 de setembro um caderno especial da Vilas Magazine sobre as eleições deste ano, com orientações para os eleitores a respeito da legislação vigente e outros assuntos pertinentes. Serão 20 mil exemplares, impressos no parque gráfico do jornal O Estado de São Paulo, com a rigorosa e qualificada distribuição que é a marca da eficiência da Vilas Magazine. Além do conteúdo editorial, o caderno especial vai trazer o material de divulgação publicitária dos candidatos locais à prefeitura e à Câmara Municipal. Aguardem.

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