Os periquitos do meu quintal

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Estamos invadindo os espaços dos animais na natureza, e muitos de várias espécies tentam se adaptar à vida urbana por conta da devastação que causamos. O crescimento imobiliário e a ‘zorra’ do progresso desordenado é para mim o ponto crucial. Sem matas e árvores frutíferas muitos animais silvestres ficam sem saída e se arriscam a viver próximos dos seres humanos.
 
O fato é que quanto mais próximos das pessoas, maior é o risco de extinção. Muitos humanos ainda mantém o hábito de capturar aves e outros tipos de animais silvestres e os manterem presos em suas casas. Outros, mais cruéis, levam seus passarinhos para “passear”, engaiolados. Vejam que judiação: o pássaro preso assistindo seus semelhantes cantarolarem, livres nas árvores. E ainda são incentivados a cantarem no cativeiro.
 
Pássaros, papagaios e periquitos devem estar soltos.
 
Em pleno século 21 este tipo de situação é um atraso de concepção e em muitos casos, crime ambiental. As contrapartidas para construção imobiliária e/ou empresarial deveriam ter um cunho ambiental mais rigoroso: para cada casa, apartamento e/ou loja construída, empresários e suas empresas deveriam plantar uma árvore em nossa cidade. São dezenas de condomínios e shoppings que dariam uma bela contribuição visando o bem viver na nossa cidade. O legado ambiental deve ser levado em consideração.
 
Enquanto essa conscientização não se traduz em realidade, os periquitos estão aqui no quintal da minha casa, comendo acerolas, jambo e pitangas, em ruidosa algazarra. Irresistível registrar tamanha beleza.
 

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