O projeto Escolas Culturais, do Governo do Estado, chegou a Lauro de Freitas em maio. A sede foi implantada na Escola Estadual Bartolomeu de Gusmão, no Centro, onde já no dia 21 daquele mês, houve uma atividade: Possíveis Estratégias de Enfrentamento ao Extermínio da Juventude Negra. O tema é dirigido aos alunos de filosofia.
A ação, dirigida a toda a comunidade e não apenas aos estudantes, pretende colaborar com a redução dos índices de vulnerabilidade infantojuvenil, violência e evasão escolar e promover a dinamização do espaço educacional como um centro irradiador de cultura nos municípios.
Nesse primeiro encontro de sensibilização para o tema, que contou com a participação artística do grupo Fúria Consciente, estiveram presentes representantes do estado e da prefeitura, além de palestrantes e ativistas da sociedade civil local ligados à causa, como Ricardo Andrade, da Orooni – Rede Jovem de Candomblé.
Em Lauro de Freitas, o projeto é capitaneado por Tina Tude, coordenadora do Escolas Culturais. “A minha função é promover a integração dos grupos culturais e buscar apoio institucional dos segmentos de Educação, Cultura, Cidadania e Juventude”, disse.
A coordenação do Projeto Corra pro Abraço, que atua em Itinga, com Luciana Rocha e Maria Luisa Passos também participou, como parceiros locais das ações do projeto Escolas Culturais.
Será realizada uma roda de debates com abordagens de questões levantadas pelos alunos e conduzida em parceria com a Diretoria de Juventude da secretaria de Justiça do Estado e do projeto Corra pro Abraço. A ideia é estimular a reflexão crítica e social por meio da arte e ações culturais no ambiente escolar.
O contato com a arte e as manifestações culturais, além de propiciar entretenimento e lazer, serve como instrumento de expressão social e construção de identidade; promoção de inclusão social, de tradições culturais e sensibilização para o aprendizado. As atividades artísticas e culturais na escola permitem o exercício da criatividade, interferem nas relações interpessoais e promovem o pensamento crítico, possibilitando, assim, o empoderamento do sujeito e de sua identidade cultural.
O projeto Escolas Culturais é uma realização do Governo do Estado da Bahia, através das secretarias de Educação, Cultura e Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, sob a gestão administrativa do Instituto Ação Social Pela Música (IASPM). A intenção do governo é instituir o projeto em 85 municípios de 27 territórios de identidade e fomentar a integração entre o ambiente escolar e a comunidade cultural, por meio de ações articuladas nos segmentos de Artes Literárias, Música, Dança e Artes Visuais, inclusive, Cinema e Grafitti.