Projeto social no Dona Lindu atende crianças de até 12 anos

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O Projeto Vida, que atende gratuitamente 150 crianças do conjunto residencial Dona Lindu, em Itinga, completou no mês passado um ano de atividades. Washington Oliveira, pastor da Igreja Batista Bíblica Israel, é também o diretor do projeto, que funciona nas instalações da instituição, ao lado dos prédios.
 
De acordo com ele, 24 crianças com idades entre dois e três anos são atendidas em tempo integral enquanto as mães trabalham ou estudam. As outras, na faixa dos quatro aos doze anos, são atendidas no contraturno das aulas nas escolas.
 
O projeto oferece assistência social, inclusive nas residências das famílias e nas escolas. Maria Joana Santiago, coordenadora pedagógica do projeto, conta que a grande maioria das crianças vem de famílias que não pertencem à instituição. “Atendemos todos”, independente de fazerem parte da igreja ou não, garante.
 
As condições para ganhar uma vaga no projeto incluem frequentar a escola, com comprovação de matrícula a cada semestre, segundo Washington Oliveira. Além disso, são acolhidas apenas as crianças cujas mães precisam trabalhar ou estudar. Muitas delas são adolescentes que ainda não completaram o ensino médio, contou Maria Joana.
 
Além de receber cinco refeições por dia no projeto – três no caso do contraturno das aulas – as crianças contam com a assistência de um médico pediatra e quatro psicólogos, que acompanham estagiários da especialidade. Atualmente, conta Oliveira, o atendimento psicológico inclui 34 crianças e adultos da comunidade do Dona Lindu e do próprio projeto. “Ainda não dá para atender todo mundo, mas fazemos o máximo”, disse.
 
Raimunda Araújo, coordenadora do Projeto Crescer, da Lagoa dos Patos, que participa da mesma iniciativa, esteve em Itinga para a comemoração do primeiro aniversário da instituição. Ela credita o sucesso do Vida ao pastor Birne, líder da igreja que sustenta o projeto. Ele “sempre foi muito sensível com as questões sociais”, atesta. “As crianças têm para onde ir no contraturno escolar, não tendo tempo de estar expostos aos perigos da rua”, avalia Raimunda.
 
Para ela, “é necessário que o poder público e os empresários locais deem cada vez mais apoio às organizações sociais legalizadas, que desenvolvem o trabalho com comprometimento e seriedade”.
 
Uma das tarefas a que se propõe o projeto é “recuperar a alfabetização de crianças que já deveriam estar lendo na escola” mas não conseguiram chegar lá. Além do reforço escolar, as crianças frequentam aulas de música, informática, canto coral, futebol e capoeira. A creche conta com pedagoga e uma auxiliar e, como nas outras áreas, “sempre com profissionais qualificados”, garante Maria Joana.
 
Para Oliveira, as mais de mil famílias que residem no Dona Lindu têm no projeto o único apoio social da região. Entregues há seis anos, em agosto de 2011, os 45 prédios foram o primeiro empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida em Lauro de Freitas. O nome do conjunto foi uma homenagem à mãe do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
 
Os cinco mil moradores começaram a chegar em novembro daquele ano. Os apartamentos têm 40 metros quadrados distribuídos por dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. As áreas comuns incluem áreas de lazer com quiosque, campos de futebol, parques infantis e salões de festa. Escola, creche e unidade de saúde estavam projetados.

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