A lipoaspiração e seus tipos

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A lipoaspiração e seus tipos

A busca incessante pela redução de medidas em busca de um corpo perfeito têm feito muitas pessoas optarem pelas cirurgias plásticas. E a opção mais procurada tem sido um procedimento cirúrgico que popularmente recebe nomes diferentes: a lipoaspiração.

Segundo os cirurgiões plásticos, a lipo quando é feita isoladamente, é o terceiro procedimento estético mais realizado no Brasil, mas pula para a primeira posição se realizada em conjunto com outros procedimentos. Entre suas diversas denominações, estão minilipo, hidrolipo e até lipinho, dando a entender que existem vários tipos distintos de lipoaspiração.

Mas, existem na verdade diferenças? Vamos compreender melhor. Ao decidir fazer uma lipoaspiração, a pessoa tem que saber que o procedimento não é indicado para emagrecer, mas para a redução de medidas e modelar o corpo. Se estiver acima do peso, o acúmulo de gordura não fica restrito à parede do abdômen, mas também na parte intra-abdominal (espécie de gordura corporal que cerca os órgãos internos). Assim, pessoas que estão nessa condição devem primeiro emagrecer para passar pelo procedimento cirúrgico.

A cirurgia mais clássica é realizada de forma manual. O cirurgião insere na pele da paciente cânulas, ligadas a um aparelho que faz a pressão à vácuo necessária para que a gordura seja sugada. Em seguida, o material retirado passa para uma embalagem específica onde é armazenada para logo depois ser utilizada para implantar outras regiões do corpo, se for o caso, ou descartada.

Atualmente, a recuperação do procedimento cirúrgico é menos complexa. As lipos no abdômen, consideradas mais modernas, não necessitam de internações hospitalares demoradas e, em determinadas situações, os pacientes recebem alta até no mesmo dia. É o caso da cirurgia do abdômen, que pode ser realizada usando anestesia peridural ou raquianestesia, em vez de anestesia geral. E a depender do método utilizado pelo cirurgião, também não existe a necessidade do uso de drenos.

Denominações como lipinho ou minilipo têm sido bastante usados. As lipoaspirações de porte menor são caracterizadas por aspirarem menos gordura do corpo. Diversas vezes, a paciente ‘aceita essa ideia da minilipo’, imaginando que assim poderá reduzir os riscos da cirurgia, o que não é correto.

O barato pode sair caro, já que uma pequena intervenção cirúrgica em geral exige que diversas sessões menores sejam realizadas, o que eleva o custo e o risco, já que neste caso a recuperação deve ser sobre diversos pós-operatórios e não de uma única intervenção.

Já a denominada hidrolipo, ou lipo light, também promete resultados menos dolorosos e com recuperação mais tranquila. A técnica consiste na aplicação de um líquido que enche o tecido adiposo, que facilita sua destruição. Na verdade, a diferença consiste em injetar quantidade maior ou menor de líquido. Para evitar qualquer risco, não importa a técnica, certifique-se que ela será realizada por um profissional especializado e certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Antigamente se realizava o que se chamava de ‘megalipo’, uma cirurgia que chegava a remover cerca de 10 litros de gordura, o que ocasionava diversos traumas e até risco de vida. Se houver necessidade, a paciente precisa emagrecer, com um programa de dieta e exercícios físicos, para depois enfrentar a cirurgia. Daí vem o nome de lipoescultura, justamente por que serve para retirar gordura localizada, esculpir e remodelar o contorno corporal.

A cirurgia não é indicada para pessoas com sobrepeso ou obesas, que tenham trombose, embolia ou ter passado por cirurgia bariátrica (redução de estômago), além de ter a certeza se a paciente é alérgica a algum tipo de medicamento, já que o procedimento utiliza desde anestésicos e anticoagulantes até analgésicos, entre outros.

No período de recuperação, alguns cuidados devem ser adotados. Após a cirurgia, a paciente deve usar malhas compressoras, ou cintas modeladoras por no mínimo 45 dias. Elas beneficiam a retração cutânea mais rapidamente. Além disso, os pontos podem ser removidos depois de aproximadamente sete dias. Depois, a cicatrização já fica por conta do organismo.

O contato com o sol deve ser outro ponto de extrema atenção. Tomar sol depois da cirurgia pode ocasionar manchas na pele, muitas vezes permanentes. O período para que a mulher volte a tomar sol gira em torno de 60 dias e pode chegar até a seis meses. No entanto, não se pode generalizar e depende muito da fragilidade capilar da pessoa (que é a predisposição a pequenos sangramentos sob a pele).

Alimentos ajudam

Emagrecer é um pré-requisito para se submeter ao procedimento cirúrgico. Para isso, a reeducação alimentar é fundamental. É essencial um suporte nutricional correto e o médico pode recomendar o consumo de substâncias que auxiliam a cicatrização, como vitamina C, ferro, ácido fólico e alimentos com boa quantidade de proteínas. Da mesma forma, o paciente necessita evitar o contato com elementos que prejudicam a cicatrização, como o cigarro.

No pré-operatório um menu rico em alimentos bioflavonóides ajuda o corpo da paciente para uma melhor cicatrização. Eles são encontrados em sucos de uva vermelha, vinho tinto, chás, castanhas, nozes, amêndoas e, principalmente no alho. E quem possui algum histórico de dificuldade de cicatrização ou infecção, o consumo de glutamina também é indicado.

Disponível em forma de suplemento, seu consumo só deve ocorrer sob orientação de um especialista. No pós-operatório, na fase de cicatrização, alguns alimentos podem ajudar o corpo nesse processo. Alimentos como pescados de água fria e funda (salmão e atum) e óleos de linhaça contêm Ômega-3, ácido graxo que auxilia na cicatrização.

Além dos cuidados com a pele e com a alimentação, os exercícios físicos também são recomendados para bons resultados da lipoaspiração. Dependendo da recuperação do paciente, os exercícios físicos podem ser retomados aos poucos, entre 30 e 90 dias após a cirurgia. Atividades de impacto, como uma simples corrida, devem ser completamente descartados nesta retomada. Natação, yoga e musculação, em intensidade leve, estão liberadas, pois são atividades que não proporcionam impacto. A água aquecida da piscina pode causar certo inchaço devido ao calor, mas isso não é motivo para maiores preocupações. 

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