
Membro da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Joseildo Ramos apoia gestões do vereador para convencer a Embasa a reabrir as comportas, repondo o fluxo normal do Joanes até Buraquinho. “Vamos iniciar um debate em torno do tema”, disse o deputado, prometendo levar o assunto à Comissão do legislativo estadual.
A ideia é não só minimizar os alagamentos, “mas manter o fluxo ecológico mínimo” do rio Joanes, disse Ramos, atenuando o impacto do rio Ipitanga na qualidade da água em Buraquinho (leia à pág 20). A limpeza da barragem para aumentar o volume de água acumulada e manter a segurança do abastecimento é uma das hipóteses a discutir.

Para haver alagamentos em Lauro de Freitas bastam algumas horas de chuva forte, como em abril. A avenida Luiz Tarquínio voltou a alagar no trecho de acesso a Vilas do Atlântico e em Pitangueiras, além de diversas transversais.
A região continua à espera da conclusão das obras de ampliação do Canal do Horto Florestal, que nasce em Portão – o que deveria eliminar a sobrecarga do Canal dos Irmãos, na Luiz Tarquínio. As parcelas até aqui realizadas do contrato 0292722-85, consumindo quase R$ 1 milhão, de acordo com a Caixa Econômica Federal, não foram capazes de evitar a inundação de abril.

Em Vilas do Atlântico, apesar da elevação do nível no rio Sapato, que continua com mato e baronesas, não houve transbordamento, mas naquele mesmo dia a Defesa Civil de Lauro de Freitas atendeu 44 ocorrências em outras partes da cidade. De acordo com a prefeitura, o volume de chuva que caiu foi o esperado para todo o outono. Nos dois dias seguintes outras sete ocorrências foram registradas, incluindo a queda de uma árvore no Miragem.
Foram alagamentos localizados, queda de árvores e de um muro, além dos habituais deslizamentos de terra. De acordo com a prefeitura, no ano passado a Defesa Civil já havia identificado a fragilidade do muro que desabou em um condomínio no Caji e notificou os responsáveis. Segundo os moradores, a construtora do prédio foi acionada, mas “nenhuma providência foi adotada”. A Defesa Civil fez a limpeza das encostas para cobrir as áreas de risco com lona plástica e orientar obras de contenção.
