Praia de Vilas do Atlântico
Os sete quilômetros de praias de Lauro de Freitas renovam, a cada dia, a sua vocação natural como destino de lazer para moradores e visitantes. E na estação mais quente do ano, a procura ainda é maior. Nos fins de semana milhares de pessoas procuram as praias de Ipitanga, Vilas do Atlântico e Buraquinho.
Famílias inteiras instalam-se nos gramados para curtir um dia de sol e mar com direito a churrasco preparado ali mesmo. Quem não traz as carnes, pode ainda contar com as barracas informais que oferecem petiscos variados, de Ipitanga a Buraquinho, menos na faixa de Ipitanga que pertence a Salvador porque ali a fiscalização da prefeitura é atuante.
Entre as facilidades que os banhistas encontram em Lauro de Freitas está o aluguel de sombreiros, cadeiras de praia e até mesas fornecidas pelo comércio informal na própria areia das praias, sem contar com as barracas. Em Salvador e em outros pontos da Bahia e do país elas foram removidas da faixa da areia, que é pública – e para proteger o meio ambiente. Mas em Lauro de Freitas elas continuam a atrair frequentadores. Diante do crescente afluxo de visitantes, as barracas respondem à altura para acomodar os clientes, oferecendo ampla área com mesas e cadeiras.

Outro importante atrativo das praias de Lauro de Freitas são as residências da orla ou próximas a ela, usadas como local de festas e eventos variados, por vezes durante todo o final de semana, atravessando a noite, ou para aluguel por curtos períodos.
FOTO: As piscinas naturais que se formam nas rochas, na maré baixa são a referência natural da praia de Vilas do Atlântico
De acordo com a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a execução de música acima dos limites legais de Lauro de Freitas não é considerada poluição sonora, mas apenas perturbação do sossego, uma contravenção menor.
O grande fluxo de pessoas movimenta também os restaurantes e bares de Vilas do Atlântico e Ipitanga, sempre cheios aos fins de semana e praticamente todas as noites. As opções são muitas e diversificadas, para todos os gostos, havendo até uma espécie de boate entre os estabelecimentos do bairro.
TARTARUGAS
Mas o grande trunfo do litoral de Lauro de Freitas neste verão é mesmo a riqueza natural. Apenas a praia de Buraquinho continua com a qualidade da água imprópria para banhos, de acordo com as medições do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), na água do mar, a 200 metros de distância da foz do rio Joanes. Vilas do Atlântico e Ipitanga apresentam boas condições de balneabilidade, apesar de não haver mais placas indicando isso em nenhuma das praias.

Famílias inteiras buscam a praia de Vilas do Atlântico atraídas pelas piscinas naturais que se formam nas rochas, na maré baixa. Mas os ninhos de tartaruga marinha, que agora são deixados nas praias pelo Projeto Tamar, são outra atração para todas as idades.
FOTO: O pequeno Murilo Oliveira Arcanjo, de quase 2 anos, veio com os pais conhecer os ninhos de tartaruga na praia de Vilas do Atlântico. Ele entendeu que não podia passar das cordas
Cercados para que ninguém pise sobre os ninhos, o que poderia prejudicar os ovos de tartaruga marinha, os locais estão sinalizados por pequenas placas com uma foto do animal. As fotos atraíram a atenção de Murillo Oliveira Arcanjo, de quase dois anos, que estava em visita à praia com os pais. Ele entendeu que não podia passar das cordas.
A praia de Vilas do Atlântico com sua ampla oferta de barracas, mesas e cadeiras na faixa de areia
CALÇADÃO
A Polícia Militar tem policiado as praias para garantir a segurança de todos, em especial de quem faz caminhadas no calçadão de Vilas do Atlântico pela manhã ou no fim da tarde. Desde que não se leve celular, cordões ao pescoço nem qualquer outro objeto de valor, a tranquilidade é garantida.
Uma festa não oficial de “abertura do verão” realizada ao lado do calçadão em dezembro levou a prefeitura a priorizar o conserto de buracos, começando pelo trecho em que o evento aconteceu. Segundo os operários da prefeitura, que estavam cimentando as pedras em vez de assenta-las, toda a extensão do calçadão será recuperada.

Cláudio Palomino, 72 anos (dir.), caminha todos os dias pelo calçadão desde 1983 e acompanhou a deterioração do piso em pedra portuguesa ao longo dos anos. Ele elogia o conserto que vem sendo feito desde o final de dezembro, mas considera insuficiente: “é um reparo mentiroso, feito com cimento entre as pedras, em vez do assentamento correto com areia”. Palomino reclama também do imprudente e crescente trânsito de motos e bicicletas no calçadão, que segue sem fiscalização.
Bem fiscalizados parecem estar os banhistas. A segurança no mar é outro ponto forte em Lauro de Freitas. Como todo o litoral da cidade está sujeito a correntezas de retorno em meio às rochas que ficam invisíveis durante a maré cheia, dez pontos fixos de salvamento costumam estar prontos para socorrer os banhistas menos habituados ao local. Basta ficar atento às bandeiras amarelas ou vermelhas, onde elas existirem.