Série Frequência Positiva tem Lauro de Freitas como cenário

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A produtora 3 Tabela Filmes, do Rio de Janeiro, gravou na Lagoa dos Patos, em Lauro de Freitas, a sua nova série para televisão, “Frequência Positiva” – uma criação de Flávia Lins e Silva, com direção de Eduardo Nunes, o autor de Unicórnio, da mesma produtora e protagonizado por Patrícia Pilar, que estreou nos cinemas em agosto do ano passado.
 
A DPE e a Origem, baianas, são coprodutoras da obra, que também tem atores e equipe de filmagem locais. A produção de elenco e de locação tem a participação do diretor Duzinho Nery. A 3 Tabela Filmes produz conteúdo para canais como o Gloob e o Disney XD, além de desenvolver projetos de séries para outras produtoras.
 
O elenco reflete a população de Lauro de Freitas, com cerca de 80% de profissionais negros. Fernanda Reznik, que partilha a produção executiva com Izabella Faya, explica que foi “uma escolha da produtora no intuito de fortalecer a representatividade e trazer dentro dessa premissa uma verdade e uma relação de identidade”.
 
Raissa Paixão, Julia Ventin, Lucas Deluti e Leo Jesus, os protagonistas, não tinham qualquer experiência com televisão e cinema e foram preparados para interpretar a série. “A produção toca em assuntos como intolerância religiosa, violência contra mulher, homofobia e outros assuntos que acreditamos ser relevantes para uma série do universo adolescente”, conta Reznik. 
 
Escrita por Alice Gomes e Thamires Gomes, a obra retrata a batalha de quatro adolescentes contra um empreendimento. Os personagens Daiane, Júlia, Beto e Jeff cresceram na mesma rua de uma comunidade de Lauro de Freitas e desde crianças são melhores amigos.
FOTO: Raissa Paixão, Julia Ventin, Lucas Deluti e Leo Jesus em cena de making of com o diretor Eduardo Nunes
 
Mas a nova construção no bairro pode separar os jovens, já que suas casas serão vendidas como parte de um acordo com os moradores – que muitas vezes rejeitam o próprio bairro, desvalorizado por inúmeros problemas de abandono do poder público.
 
Os amigos se unem então para criar soluções inovadoras para o bairro, que passam a ser divulgadas na rádio pirata “Frequência Positiva”, criada por eles para divulgar as transformações, enfrentando um poderoso grupo envolvido com corrupção.
 
A série tem financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual e é fruto do desenvolvimento do Núcleo Criativo Caleidoscópio, contemplado no edital de núcleos criativos da Ancine.

 

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