O Carnaval da diversidade que tem como tema “O mundo escolheu Salvador”, para mim é o Carnaval da permissividade e perplexidade. Na verdade, o que está acontecendo é um turismo gay onde os homossexuais invadiram nossa cidade. Não se trata de homofobia, mas Salvador se transformou em um imenso baile gay. E o pior, incentivado de forma ostensiva e até apológica por alguns artistas que, sob o pretexto de defenderem o não à homofobia, estão tentando salvar suas carreiras. Depois de assistirem incrédulos seus camarotes e blocos esvaziarem e o faturamento despencar, para não caírem no ostracismo, apelaram vergonhosamente para o público gay, e a recíproca foi automática.
No Brasil estamos assistindo o poste mijar no cachorro.
As crianças, os casais heterossexuais, as famílias, estão proibidas de assistir televisão. Só mostram os artistas, porque se mostrarem os foliões seria chocante demais para a maioria dos telespectadores, além de proibido para menores de idade.
Nas ruas, como foliões, nos deparamos com cenas assustadoras, mas que em nome do respeito à diversidade, somos obrigados a aceitar. Na verdade somos desrespeitados e afrontados.
A situação está de tal forma que se os atos praticadas por eles fossem praticados por qualquer casal hétero, estes seriam presos por atentado ao pudor, mas em nome da diversidade, somos obrigados a achar normal e reagir com naturalidade. Ai de quem olhe atravessado, pois corre o risco de ser preso e ainda ser taxado de homofóbico. Estamos sendo alijados do Carnaval, estamos virando os verdadeiros peixes fora d’água.
Por fim, minha preocupação é que Salvador se transforme no destino internacional preferido do “tudo pode”, do bacanal, do sexo oral explícito, dos corpos nús, tudo ali, na nossa cara, no meio do povo, ao som dos trios.
Esse é o desabafo de um baiano, soteropolitano, indignado, que como muitos, não está satisfeito com o quê se transformou nosso Carnaval.