Chuvas de julho recuperam nível dos reservatórios

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Os seis reservatórios que abastecem Lauro de Freitas, Salvador e outros
onze municípios na região metropolitana saíram do nível crítico
com as chuvas que caíram entre junho e julho. O armazenamento
da represa Joanes 1, no Jambeiro, passou para mais de 90% da capacidade.
Apesar da situação ter melhorado, ainda não seria possível descartar o racionamento.
Mas Eduardo Topázio, diretor de Águas do Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), prefere falar em racionalização.
 
“Temos que economizar água independente de qualquer circunstância”, disse – “água é um bem caro, de difícil acesso”. Topázio avisa que “trazer água até uma grande população, como a cidade de Salvador e região metropolitana, não custa barato e, cada vez mais, ela vai estar escassa porque a população tem aumentado e os mananciais estão se esgotando”.
Foto: Eduardo Topázio, diretor do Inema: “Racionamento não, racionalização sim”.
 
A barragem Joanes 2, mais afetada com a falta de chuva, operava com pouco mais de 37% da capacidade em abril. No início de agosto, o nível já estava em 86%. Na barragem de Santa Helena, em Dias d’Ávila, o volume útil passou de 11% para 42%. Ipitanga 1 e 2 elevaram os níveis para quase 71% e 67%, respectivamente.
 
Apenas a barragem de Pedra do Cavalo, em Governador Mangabeira, responsável por mais da metade do abastecimento de Salvador, teve um aumento menor. A represa é abastecida pelo Rio Paraguaçu, que não faz parte do ciclo de chuvas da região metropolitana.
 
A barragem de Joanes 2 chegou a 86% da capacidade, recuperando desde 37% registrados em abril
 
De acordo com Topázio, a preocupação era com o fim do período chuvoso, que vai até agosto, porque tinha chovido muito abaixo da média até metade do ano. “Mas em junho houve um aumento das chuvas na região onde ficam os reservatórios, e isso deu um alívio para a gente poder passar por um período de estiagem mais longa e ter reserva suficiente para atender a população”, disse.
 
Além do aumento no volume de chuvas, o governo aponta ações emergenciais da Empresa Baiana de Águas e Abastecimento (Embasa) como responsáveis pela garantia do abastecimento doméstico no período mais crítico. “Ainda temos um alerta ligado sempre”, disse o presidente da Embasa Rogério Cedraz – “mas o importante é que estamos fazendo algumas obras para que, se momentos como esse voltarem a acontecer, a gente tenha condição de atender a população sem grandes problemas”. Entre as obras estão a perfuração de 16 novos poços e a ampliação da captação em Santa Helena. A Embasa estuda também o reforço de Pedra do Cavalo e a possibilidade de trazer água do rio Pojuca até o sistema de Salvador.

 

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