Cine Teatro inaugura painéis de artistas sul-africanos na fachada

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O Cine Teatro de Lauro de Freitas já tem na fachada, desde o mês passado, os painéis pintados por artistas sul-africanos que vieram ao Brasil para participar da 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea. A ação foi uma iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia em parceria com o Ministério de Artes e Cultura da África do Sul.
 
A inauguração dos painéis, no princípio de outubro, reuniu os secretários de Cultura do Estado, Arany Santana e da Justiça, Direitos Humanos Desenvolvimento Social, Carlos Martins, além de representantes da embaixada da África do Sul e do Itamaraty.
 
Arany Santana destacou a parceria entre a Bahia e país africano. “Nós estamos saindo das nossas caixinhas e fazendo intercâmbio com o mundo”, avalia. Para ela, “esse trabalho é fruto de uma articulação muito antiga entre Brasil e África que vem acontecendo desde o advento dos blocos afros e afoxés”. O trabalho dos sul-africanos ficou registrado também no Colégio Edvaldo Brandão, de Cajazeiras, em Salvador.
 
De acordo com o subchefe do Escritório Regional do Itamaraty na Bahia, Amintas Angel Cardoso, “os artistas escolheram vir à Bahia e entregar esse presente”. Angel explica que se trata de um trabalho de arte da etnia ndebele, da África do Sul e arte contemporânea baseada na tradição do grafite. Os ndebele são famosos pela arte em cores fortes, que estão no artesanato e até nas habitações.
 
“Esse é um reconhecimento da África Sul ao amor, carinho, amizade e irmandade que a Bahia tem com este país africano”, disse. Os artistas “escolheram a Bahia para esta atividade cultural por reconhecem a Bahia como grande centro da ‘afroamericanidade’”, completou.
 
Durante a execução do trabalho nos muros do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, o artista visual Khaya Witbooi conversou com os estudantes e exibiu sua produção durante aula da disciplina de Artes. “É um prazer estar aqui com esses jovens, mostrando para eles que é possível chegar longe com o nosso trabalho”, anotou. “Os adolescentes são como esponjas que absorvem tudo – mostrar para eles bons exemplos e a como usar a arte para construir um futuro é um momento único para mim”, disse o sul-africano.

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