Confiança

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Ter-se-ia um mundo bem melhor se o ser humano desse crédito a tudo que fosse dito por outra pessoa. No entanto, a coisa não ocorre dessa forma, pois se acredita que essa situação depende de como se confia em quem está falando ou realizando.
 
Para os humanos definirem sua confiança e ser a base de sua realização é necessário que, antes de tudo, demonstrem seus comportamentos no complexo social que atua, pois, a confiança está diretamente ligada à linha da verdade, quando este princípio é observado pelo grupo.
 
Confiar nos outros depende do objetivo dos dois, que tem a ver com a amizade e amor, pois a confiança não exige raciocínio é um sentimento de fé e pode se transformar na base do relacionamento.
 
O ser humano precisa acreditar em si próprio e promover exemplos, para levar aos outros a confiança. Entende-se que esse crédito quando se parte, também quebra a amizade. Isso porque desculpas poderão ser aceitas, desconfiança jamais.
 
Quem pratica a confiança, geralmente, apresenta provas de seus comportamentos em ações e de tanto serem testadas, surge-lhes a “boa fama”. Por essa razão, nas comunidades, nos municípios e nações, a confiança aparece nas realizações positivas dos seus gestores, que devem ser comparadas aos critérios de honestidade, seriedade e humanidade, principalmente quando se analisa os procedimentos anteriores. Se for o caso utiliza-se o cruzamento de informações, para se chegar à confiança.
 
Quando se conhece as pessoas cria-se, em alguns casos, a expectativa de probidade para as mesmas. Isso porque, geralmente, os seres humanos vivem em grupos sociais, na mesma comunidade, com valores e culturas semelhantes. Assim, busca-se que esses seres pratiquem os mesmos préstimos, para gerar a confiança.
 
Porém, como os seres humanos, mesmo pertencendo a um mesmo grupo social, são diferentes, surge, inicialmente, a desconfiança. Com o passar do tempo se constrói a amizade, que gera a firmeza de ânimo e consequentemente o crédito, entre as partes.
 
Existem pessoas que, por mais que se queira, não expõem confiança. Nesse rol se encontram os políticos e comerciantes. Os primeiros, demonstram, permanentemente, que suas palavras, atitudes e realizações não passam de subornos, enganações e maus procedimentos, com raríssimas exceções, por isso perdem a credibilidade, para alguns; e os segundos, dizem que faz parte do negócio, querer“levar vantagens em tudo”. Por essa razão, existem excessos de negociações dos dois lados que, de uma forma ou de outra, representa a falta de confiança entre essas pessoas.
 
Quando existe a confiança nas palavras, amizades, encontros e tantos outros, sempre haverá o “ganha/ganha”, ou seja, os dois lados saem vencedores. Para tanto, deve-se observar a regra de ouro, que diz:“trate os seus semelhantes do mesmo modo que você gostaria de ser tratado”.
 
Nas organizações, a confiança para com os seres humanos exige um certo tempo de observação sobre o desenvolvimento profissional, o controle emocional, comunicação entre as pessoas, caráter e valores morais evoluídos.
 
Para se aceitar a decisão de outra pessoa é necessário a busca de informações da pessoa. Então se cria a linha de pensamento, que poderá ser de confiança ou desconfiança. Esse comportamento identifica os valores morais dela. Nesse caso, se faz a comparação com os de si e toma-se a decisão de confiar ou não. Às vezes, não é verdadeiro, pois a confrontação exige o que a pessoa pensa, ou traz dentro de si.
 
Nos casais, por mais que sejam afinados, haverá uma mancha de desconfiança entre eles, principalmente aos novatos. Com o passar do tempo, cria-se a confiança, que representa sua solidez.
 
Aos amigos, deve-se demonstrar um clima de muita confiança. Porém, dependerá dos dois a continuidade da mesma. Essa situação poderá ser fragmentada, muitas vezes por determinadas atitudes de um, que machuca o outro.
 
Imagina-se que os seres humanos, a princípio, não tenham a capacidade de dedicar, integralmente, confiança nos outros.
 
Jaime de Moura Ferreira é Administrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, ambientalista, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. jaimoufer@hotmail.com

 

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