Há 34 anos, em 14 de dezembro de 1990, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas estabeleceu o dia 1º de outubro como o Dia Internacional das Pessoas Idosas. A proposta pretende incentivar os países a chamarem atenção e desafiarem os estereótipos negativos e equívocos sobre as pessoas idosas, causando preconceitos nas relações, dificultando que estes indivíduos tenham liberdade e possam realizar o seu potencial.
Envelhecer é um processo natural da vida e se dá por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo de vida prolongada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera idosa aquelas pessoas com mais de 60 anos, para países em desenvolvimento, como é no Brasil, segundo o Estatuto do Idoso (2003), e 65 anos para países desenvolvidos.
No Brasil, a população idosa vem crescendo desde a década de 60. O que chama atenção é que os últimos dados do IBGE, de 2022, apontam que a parcela idosa da população brasileira já se encontra em 15,1%, dado que impressiona, considerando que em 2012 o percentual era de 11,3%, demonstrando um crescimento significativo. Entre outros fatores podemos destacar a desigualdade social que contribui com que muitos envelheçam com problemas de saúde, comprometendo a sua capacidade funcional, autonomia e independência, tornando-o cada vez mais sedentário.
Com todos os problemas, percebe-se que a expectativa de vida do brasileiro vem aumentando três meses a cada ano, tornando a vida mais longeva, só que, com a qualidade de vida comprometida.
O grande desafio dos poderes públicos, dos profissionais da área da saúde e da família, é tornar o envelhecimento ativo e saudável, aproveitando os recursos que promovam a educação, levando os idosos a pensarem e praticarem hábitos mais saudáveis, apesar das dificuldades sociais, de políticas públicas que não são praticadas, que possam reagir diante dos preconceitos, incluir a atividade física na sua rotina diária, buscar locais e grupos que promovam a oração, o lazer, a exemplo da dança, do esporte, da música, participar de corais, espaços religiosos, etc… concluindo, portanto, que a sociedade deve utilizar de todos os meios de educação continuada, lembrando que somente a prática do exercício físico regular e, se possível, orientada, oportunizará o deslocamento e condições para frequentar os espaços sociais.
Salve 1º de outubro. Dia Internacional das Pessoas Idosas.
Alberto C. do Carmo é professor MS Educação Física, professor da UCSAL, autor do livro “Exercício Físico para Longevidade. Avaliação, Prescrição e Esportes”.
