Esculhambação generalizada

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“Urinar na rua é um hábito asqueroso, mas urinar num marco da fundação de Salvador, no marco da chegada de Tomé de Sousa, é urinar na história da nossa cidade. Isso é inadmissível e deveria ser um crime. Não podemos banalizar e achar normal. Isso é falta de educação, falta de higiene e falta de respeito. Não podemos nos acostumar com nada disso: poluição sonora, lixo nas ruas, carros e mesas de bares ocupando as calçadas. Não podemos chamar a esculhambação de irreverência.

É vergonhoso ver Salvador, a primeira capital do Brasil, uma cidade tão rica em beleza natural e em história, entregue ao vandalismo. A arrogância dos que promovem livremente os paredões sonoros é alimentada pela ineficiência do poder público.

Temos que fazer o nosso papel de cidadãos e reagir a tudo isso sem violência, usando as vias legais. Vamos registrar mil queixas nos órgãos públicos de fiscalização, chamar a polícia insistentemente e até entrar com ações judiciais, se for preciso.

Só vamos mudar Salvador tendo a coragem de lutar pelo que é certo. Ninguém está acima das leis. O vandalismo não pode vencer.

A reportagem do jornal A Tarde fala sobre esses problemas no Porto da Barra durante a “segunda-feira gorda”, mas infelizmente eles se repetem por toda a cidade também na sexta, sábado e domingo.

O problema está generalizado. Está demais, sem fiscalização, sem controle. Já passou da hora dos órgãos da Prefeitura e do Governo do Estado unirem forças numa ampla operação conjunta que traga de volta o mínimo de civilidade à nossa cidade. Uma operação abrangente, inteligente, sistemática e permanente que combata o problema em todas as áreas da cidade”.

(Texto de Louti Bahia da @amoahistoriadesalvador, se reportando à matéria publicada no jornal A Tarde, edição de 18/10/2022)

NOTA DO EDITOR: Assim como em Salvador, aqui em Lauro de Freitas a esculhambação também se generalizou, na forma mais acintosa de falta de respeito, de civilidade, de urbanidade e absoluta falta de ação do poder público, a quem cabe ordenar os procedimentos na cidade. Ninguém faz nada contra os abusos, não se toma providências, não se fiscaliza os cumprimentos de uso e ocupação de áreas públicas e/ou residenciais. O cidadão de bem é desrespeitado a cada momento. Os maus cidadãos, desprovidos do básico da educação, fazem o que bem entendem, certos da impunidade instituída. Uma verdadeira terra sem lei.

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