Governo negocia desapropriações para a Via Metropolitana

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O processo de desapropriação da áreado entorno da Via Metropolitana foitratado no mês passado por BrunoDauster, secretário da Casa Civil do Governodo Estado em reunião com liderançasde Lauro de Freitas e representantes daDefensoria Pública, de órgãos estaduaise da empresa envolvida na construção docontorno viário da cidade.


Reunião na Casa Civil: desapropriações para viabilizar Via Metropolitana

Dauster reforçou a importância do diálogopara as negociações e destacou que o governoestadual comandará um estudo arqueológicoe antropológico para que o interesse da populaçãoseja preservado. “Estamos discuti ndo elevantando todas as diferentes visões sobre oempreendimento”, disse.

Uma parte da comunidade do Quingoma,que poderá ser reconhecida como“remanescente de quilombo” depois dodevido processo, opõeseà construção davia porque o seu traçado deve passar pelaárea que eles esperam ver delimitada comosua. A área ainda precisa passar por estudoantropológico antes de ser demarcada eofi cializada pelo Insti tuto Nacional de Colonizaçãoe Reforma Agrária (Incra).

Para as pessoas que se opõem à construçãoda Via Metropolitana, a comunidadedeve ser tratada como território remanescentede Quilombo desde já. Legalmente,mesmo assim a estrada poderia ser construída.O primeiro problema é que o territórioque essa comunidade quer preservar nãoestá demarcado. Outra parte da comunidadedo Quingoma defende a construção davia e preparou abaixo assinado nesse senti docom centenas de nomes. O documentofoi encaminhado a diversas instâncias depoder, incluindo o Governo do Estado.

A obra está licenciada e em curso. Apreocupação do governo é apenas apararas arestas. “Este encontro é um grandepasso para que achemos um denominadorcomum e a via possa ser viabilizada, respeitandoas prioridades da empresa, do Estadoe da comunidade”, disse Dauster.

A Via Metropolitana, essencial para desafogaro trânsito no trecho da Estrada doCoco que atravessa Lauro de Freitas e, porconsequência, na maior parte da cidade,será uma via expressa ligando a BA526(CIAAeroporto)à BA099,com uma extensãode 11,2 Km. O investi mento previsto éda ordem de R$ 220 milhões, benefi ciandocerca de dois milhões de habitantes.

A promessa da obra é desafogar o tráfegode veículos em Lauro de Freitas – esti madoem mais de 100 mil veículos por diaapenas no trecho local da Estrada do Coco– liberando os sete quilômetros municipaisapenas para o trânsito local.

Além disso, a Via Metropolitana funcionará como alternati va mais rápida noacesso ao Litoral Norte baiano através daLinha Verde, abrindo ainda um novo vetorde desenvolvimento econômico no Jambeiro,em Lauro de Freitas, facilitando, além doturismo, o escoamento de produção regional.Um novo acesso à cidade será criadoatravés da avenida Gerino de Souza Filho.

O traçado da via foi revelado em primeiramão pela Vilas Magazine há quasedois anos. A obra havia sido prometidapelo então governador Jaques Wagner(PT) como parte de um pacote desti nado àmobilidade urbana na Região Metropolitanade Salvador, conforme publicou a VilasMagazine, também em primeira mão, emsetembro de 2012. O projeto foi retomadopelo governador Rui Costa (PT) no princípiode 2015.

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