
Segundo dados do Ministério da Saúde e do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), em 2016 ocorreram 1.879 casos de intoxicação por medicamento na terceira idade, 9,18% dos casos em todas as faixas etárias. Por isso, o geriatra é enfático. “Consulte sempre seu médico antes de tomar qualquer remédio. Aproveite a consulta e pergunte o que fazer e o que tomar em todas as situações. Não saia com dúvidas”, aconselha.
Segundo o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo, idosos sofrem mais com os efeitos colaterais. “Um paciente que tem problema cardíaco, ao tomar um anti-inflamatório porque teve dor, pode ter uma falência cardíaca, porque sobrecarrega o rim, por causa da retenção de líquidos”, afirmou. Um dos problemas é a grande oferta de medicamentos nas farmácias, sem a necessidade de apresentação da receita médica. “O ideal é que as farmácias vendessem somente a dose necessária para o que foi receitado e que todos os remédios fossem vendidos só com receita”, disse Olzon.
PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO
A ortopedista e fisiologista Alessandra Masi entende que o melhor para evitar o uso de remédios é a prevenção. “O que a gente faz é deixar os hormônios da pessoa nos níveis que deveriam estar, melhorando a alimentação, com exercícios e com suplementos vitamínicos. É medicina da longevidade saudável, tratar a saúde, não a doença, e não se preocupar com patologias e doenças ao entrar na terceira idade.”