Lauro de Freitas recebe releitura de Arena Conta Zumbi

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O Projeto Vidas em Cena e Luide Prins Araujo de Oliveira Bispo trazem ao palco do Cine Teatro de Lauro de Freitas, nos dias 29 e 30, às 19h, uma releitura do clássico Arena Conta Zumbi.
 
O grupo de teatro Junto e Misturado faz uma releitura do espetáculo criado por Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri em 1965, que coloca em discussão a luta dos quilombolas de Palmares.
 
A montagem original tinha Dina Sfat no elenco e trilha sonora de Edu Lobo e Ruy Guerra. Boal integrou o coletivo de artistas do Arena com o objetivo de colocar em cena a luta dos quilombolas de Palmares.
 
Com precárias condições de palco, a peça é permeada por música e encenada por atores do projeto Vidas em Cena, coordenado pelo professor e ator Luide Prins. A intenção de Augusto Boal era fazer uma crítica aguda à relação entre as classes dominantes e seus empregados, um tema que permanece atual.
 
Diante da escassez de recursos materiais, Boal cria o sistema coringa, em que qualquer ator pode desempenhar o papel de qualquer personagem. Os atores se revezam para dar o enfoque de todo o palco e da história sempre que necessário.
 
A cenografia e direção é de Luide prins, com direção musical de João Felipe. O elenco conta com Eli de Assis, Samir Souza, Rian Santos, Herbert Nascimento, Camila Ribeiro, Yan Luz, Evelyn Couto, Lívia Lopes, Luiza luz, Cauã Barbosa, Douglas Telles, Lorrana Oliveira, Marry Lins, Maiane Rocha, Camila Santos, Fernanda Nascimento, Raissa Souza, Marcio Victor, Natalie Souza, Laíse Carvalho, Leticia Quitiliano, Joelma Pinheiro, Guilherme Andrade, Leandro de Jesus e Joatan dos Santos.
 
A fotografia é de Amilton Amparo, iluminação de Telma Gualberto, produção de Amilton Amparo e assistência de produção de Bruna Batista e Giulia Huoya. A trilha sonora fica por conta de João Felipe e Deni Anderson.
 
A programação do Cine Teatro de Lauro de Freitas pode ser conferida em http:// ctlaurodefreitas.wordpress.com 
 
A canção enganjada no teatro
A música da peça foi composta por Edu Lobo dentro de uma tessitura (conjunto de notas que podem ser emitidas por uma voz ou um instrumento) que favorece o canto coletivo, consequentemente a assimilação da letra. O trecho abaixo da música “Zambi no Açoite, de Edu Lobo exemplifica o trabalho do compositor: herdeiro de Zambi, mas apresentam-se também fundidos numa só entidade que congrega seu povo para a resistência, desde a formação do Quilombo, até sua destruição total, lutando e morrendo pela liberdade.
É Zambi no açoite, ei, ei é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui é Zambi
É Zambi na noite, ei, ei, é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zambi
Vem filho meu, meu capitão
Ganga Zumba, liberdade, liberdade,
Ganga Zumba, vem meu irmão.
É Zambi morrendo, ei, ei, é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é
Zambi Ganga Zumba, ei, ei, ei, vem aí
Ganga Zumba, tui, tui, tui, é Zambi.
Maria Aparecida Peppe.

Cena de uma das primeiras montagens Arena Conta Zumbi

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