Lauro de Freitas: quase mil famílias buscam assistência alimentar por mês

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Nos últimos dois anos, em que o mundo luta para sobreviver à pandemia da Covid-19, outra epidemia tem gerado muita preocupação no Brasil: a fome. No país, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, que passam fome em seu dia a dia, saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões em dois anos, o que colocou o Brasil novamente no Mapa da Fome.

Marcador global medido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, entram no mapa países em que 5% da população, ou mais, vivem em condição de fome. O Brasil esteve no grupo por muito tempo, mas saiu em 2014. Agora em 2021, o índice chegou a 9% de brasileiras e brasileiros sem alimentação, e mais uma vez o Brasil está no Mapa da Fome.

O alerta é ainda maior se considerarmos a situação de insegurança alimentar em todas as modalidades, leve, moderada ou grave. Neste cenário estamos falando de mais da metade da população brasileira em situação de insegurança alimentar.

Em Lauro de Freitas, cerca de 32 mil pessoas vivem em situação de extrema vulnerabilidade. Esses dados são obtidos através das pessoas cadastradas no CadÚnico e que são acompanhadas através da rede de assistência social (CRAS e CREAS) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania – SEMDESC.

Segundo o secretário da pasta, Tito Coelho, as famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional são identificadas através dos técnicos do sistema Único de Assistência Social – SUAS e encaminhadas para acompanhamento através do programa Alimenta Brasil.

“Sem dúvida a pandemia agravou muito a situação, de modo que o acolhimento no município aumentou cerca de 150% na comparação entre 2020 e 2021. Apenas em 2021 foram mais de seis mil cestas básicas distribuídas para a população, isso sem falar no restaurante popular, que serve cerca de 2.150 almoços por dia, e no trabalho das cozinhas comunitárias de Itinga e Portão”, explicou o secretário.

Apesar da rede de assistência ter crescido em 2021, Tito frisou que, em média, 900 famílias procuram a secretaria mensalmente, em busca da rede de acolhimento alimentar, sobretudo cestas básicas, e nem todas conseguem atendimento. “Hoje conseguimos atender em média 600 das 900 famílias que nos procuram todos os meses. Vale reforçar que do total de alimentos que distribuímos, 95% é obtido com recursos do tesouro municipal. Lauro de Freitas possui uma rede mercadista muito forte e estamos em busca de parcerias com a rede privada para conseguir as doações e assim ajudar ainda mais famílias”, concluiu.
 

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