
O levantamento, de acordo com a prefeitura de Lauro de Freitas, foi realizado entre os dias 20 e 26 de outubro. Realizado em média três a quatro vezes ano, pelo método de amostragem, o levantamento de março deste ano apontou 0,8% de infestação, em junho 0,9%, em setembro 1,2% e agora 0,7%. De acordo com a prefeitura, os agentes de combate a endemias visitam diariamente as residências, alcançando os 19 bairros da cidade.
Já pelo mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em novembro, até 12 de outubro houve 689 mortes em decorrência da dengue em todo o país, número quase 5,4 vezes maior que as 128 mortes registradas no mesmo período de 2018. Ao todo, já foram registrados quase 1,5 milhões de casos de dengue em 2019, número cerca de 690% maior do que os 215 mil casos de 2018.
Entre as possíveis causas para o avanço da dengue está a volta de um sorotipo da doença que há anos não circulava no Brasil. Segundo o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, há dois anos houve a reentrada do sorotipo 2, que há muitos anos não circulava no Brasil e que agora “volta com força total”. Segundo o relatório internacional Lancet Countdown 2019 (Contagem Regressiva da Lancet), sobre a emergência climática no planeta, tem aumentado muito a capacidade do mosquito da dengue de transmitir doenças. “A gente sabe que tem aumentado muito e esse é um dado muito alarmante”, disse a médica Mayara Floss, uma das autoras do relatório, que foi apresentado no mês passado no Brasil. De acordo com ela, “isso está relacionado às mudanças climáticas e ao aumento da temperatura”.