Lição 7: Você não é nada especial, mas suas escolhas são. Tenha a coragem de abandonar
o ego e se engajar em um “projeto” que seja maior do que você.
Segundo o livro “A Sutil Arte de Ligar o Foda-se” (editora Intrínseca), do blogueiro Mark
Manson, a verdadeira felicidade só é alcançada quando cai a ficha de que você é um zé-ninguém
e de que as suas ideias e os seus sonhos de grandeza também são. Manson faz uma salada de
existencialismo francês com budismo tibetano para formular um tipo de autoajuda que aposta
no “negativo”, na ideia de que você não vai “chegar lá”, mas que isso não importa. Segundo o
autor, o que dá sentido à existência é a formulação de um projeto de imortalidade que deve ser
sua herança e seu legado para o mundo. Você é apenas um parafuso útil no mecanismo, mas isso
é ok, desde que você concorde com os objetivos do mecanismo. O que Mark Manson defende
é que a ideia de vencer sempre é um conceito “da moda”, mas não é real. A felicidade está em
conquistas prosaicas e simples, desde que imbuídas de sentido para você.
Elaine Saad concorda. “O importante é entender o que o realiza e isso é muito diferente para
cada um”, diz. “Não existe uma ‘grande felicidade’, mas sim a soma de ‘pequenas felicidades’ que
dão prazer e sentido ao seu dia a dia.”
O mesmo pensa Paula Traldi: “Os novos gurus de comportamento empresarial dizem isso, mas
o conselho funciona mais para países desenvolvidos, onde problemas como o de desemprego são
menores. Quando se pode escolher onde trabalhar, o executivo vai em busca de um propósito,
ele quer fazer parte de empresas cujos valores coincidam com os dele. Essa é uma ideia que vai
crescer muito nesse mundo novo.”
Como se vê, todos os livros de autoajuda para executivos vendem fórmulas mágicas, mas elas de
fato não existem. Sobram, porém, algumas regrinhas básicas que fazem bastante sentido: conheça
a si mesmo, conheça o contexto, exerça influência e tenha fé. Fé em você, é claro. No mais, é só
seguir a dica do grande filósofo Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar, vida leva eu…”