“O que derruba fogo é monturo”

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Do PT ao PP, legítimo membro do “centrão” em Brasília, a política tradicional virou promessa de estabilidade e futuro próspero. Em entrevista ao jornalista Rogério Borges, durante visita de cortesia à revista Vilas Magazine, o vice-governador João Leão repõe a realidade nos eixos e trata de desenvolvimento, na sua acepção do termo, e de eleições – dois dos seus assuntos prediletos. A conversa se passa como se o país vivesse a mais absoluta normalidade institucional – ou como se a Bahia fosse o último dos abrigos em tempos anormais.
 
Político tradicional e com talento inato para realizar, João Felipe de Souza Leão, o “bonitão” (como chama e é chamado pelos amigos) de Lauro de Freitas primeiro ganhou o Oeste da Bahia e depois o estado todo. Ajudou a viabilizar a eleição de Rui Costa ao governo da Bahia, indicado por Jaques Wagner, e depois a sua reeleição. Hoje, embora não admita explicitamente, é potencial candidato ao Senado, na vaga de Otto Alencar. Com Ângelo Coronel, recém-chegado ao arranjo, ambos compõem o “teodolito” (instrumento óptico capaz de realizar com precisão medidas de ângulos verticais e horizontais em serviços de topografia) baiano capitaneado pelo PT – que pode chegar à administração federal em 2023, até por absoluta falta de opção nas hostes da legenda no resto do país.
 
A ponte Salvador-Itaparica, que ameaça criar uma nova Lauro de Freitas do outro lado da Baía de Todos os Santos, é a mais vistosa bandeira do vice-governador como administrador público. Modestamente, ele compara a obra à duplicação da Estrada do Coco nos anos 90. A ponte, na verdade, vai impactar a vida de milhões de pessoas e gentrificar largos espaços vitais, prometendo duplicar a arrecadação de impostos do poder público ao longo dos 30 anos de concessão aos chineses. No horizonte está até mesmo um novo polo industrial em plena Nazaré das Farinhas.
 
A ponte, ambicionada desde Antônio Carlos Magalhães, nasce a fórceps, com pesado investimento do poder público estadual, pedágio a preços de ferry-boat e muita vontade política do governo chinês, os únicos interessados na empreitada. É o modelo econômico antiliberal que promete criar emprego e renda no Recôncavo baiano, além de aproximar dramaticamente Ilhéus e Itabuna.
 
“Governar é encurtar distâncias”, dizia o catarinense Konder Reis nos anos 70. João Leão quer mais do que poupar 100 Km entre Barreiras e Salvador. Ele quer “trazer a riqueza lá do Matopiba [extensão geográfica entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia] para Salvador”.
 
Na esfera da vida diária, Lauro de Freitas e o litoral norte poderão lucrar com a menor compressão urbana, mas às custas de Itaparica, Nazaré e arredores. Para Leão, só há vantagens. Ele quer mesmo ampliar o acesso a Vilas Atlântico e continua apoiando a ideia da via expressa.
 
Adversário político da prefeita Moema Gramacho (PT), desde que a linhagem dos seus sucessores foi interrompida pela sindicalista, em 2004, mas aliado do senador Jaques Wagner (PT), Leão provoca sem ir às vias de fato: “estou à inteira disposição da prefeita, se ela quiser me procurar”, diz.
 
Leão menciona a Previdência dos funcionários públicos como exemplo de razão para se buscar cada vez maiores superávits nas contas do Estado.
 
De acordo com o vice-governador, a Bahia fecharia 2019 com R$ 1 bilhão em caixa. Diz que o governador Rui Costa é “obcecado” por administração pública e daria o melhor presidente da República. É melhor que dê, porque o quinteto que hoje detém o poder na Bahia precisa acomodar todos os nomes.
 
Há muitos anos, Lauro de Freitas virou extensão urbana de Salvador. Até além da conurbação, hoje já não se distingue o que é uma e o que seja a outra. Mas a cidade ainda tem um transporte público como se estivesse a 50 Km, ainda é “intermunicipal” e hoje se discute se afinal vai ser o metrô, se já não é mais o metrô, VLT, BRT.
Primeiro vou contar um pouco do passado de Lauro de Freitas. Quando assumi a prefeitura, 35 anos atrás, Lauro de Freitas não existia, era uma cidade onde ali na praça central tinham casas cobertas com palha de coco.
 
Era uma Jandaíra de hoje?
Era uma Jandaíra de hoje. E nós começamos a botar forma. Fizemos a duplicação da Estrada do Coco que, me lembro, foi algo muito parecido com a ponte Salvador-Itaparica. As pessoas diziam “você não vai fazer nunca isso, não vai dar certo”. Arrumei um monte de inimigos, de amigos que se transformaram em inimigos, quando comecei a afastar as casas e os terrenos que haviam onde a Estrada do Coco passa.
 
E até hoje ainda há muita gente invadindo a faixa de domínio.
Então, o que é que aconteceu? Teve um pessoal de uma antiga empresa, que chegou a vir de escopeta, para não deixar a obra passar. Era sonho, e nós transformamos o sonho em realidade e hoje a Estrada do Coco é um shopping a céu aberto. Foi uma previsão minha que se caracterizou batido. O acesso ao rio Ipitanga, as dificuldades que tivemos, aquilo tudo era área de mangue, uma invasão ali na entrada de Lauro de Freitas, onde haviam 175 casas.
Me lembro bem, não esqueço nunca, porque dona Marlene, que era minha secretária de Ação Social, me fez construir 175 casas para tirarmos o pessoal e desocuparmos o local. Conseguimos tirar todas as invasões, mas faltou uma casa. E no final eu peguei dois solteiros e casei os dois. Era um alemão com uma negra linda, uma menina linda e fiz o casamento. Saiu na coluna de Levi Vasconcelos, a Tribuna da Bahia fez um artigo sobre isso. Hoje Lauro de Freitas é uma metrópole.
Recentemente trouxe os chineses aqui, vim mostrar a praia de Ipitanga, aquele loteamento que fiz no tempo em que eu era empresário, Vilas do Atlântico e o Encontro das Águas. Mostrei aos chineses a duplicação da Estrada do Coco e contei a eles como era esta cidade trinta anos atrás. E disse a eles que a ponte Salvador-Itaparica vai ser a mesma coisa. Quando a gente chega lá do outro lado, depois da ilha, você tem uma área de 35 Km de beira de praia que dá para construir uma grande Lauro de Freitas.
 
Foi uma tentativa de convencê-los de que a ponte seria viável?
Não, eles já entendem que é viável. Tanto entendem que é viável que entraram na licitação e ganharam.
 
Entraram porque o governo vai bancar a diferença?
A diferença é muito pouca. São R$ 6 bilhões, nós vamos entrar com R$ 1,5 bilhão.
 
O pedágio vai ficar no mesmo preço da travessia do ferry?
O pedágio vai ficar no mesmo preço da travessia do ferry. As pessoas ficam dizendo “será que Estado vai ter dinheiro para pagar isso?, tal, tal, tal”. Pois bem: vamos fechar o ano com um superávit de R$ 1 bilhão, R$ 1 bilhão e tanto. Temos R$ 1 bilhão no caixa para 2020.
Outra coisa importante: a ponte Salvador-Itaparica vai nos dar estimativa dos benefícios por acréscimos financeiros do setor público em dez municípios durante a concessão em 30 anos. A União vai arrecadar mais nesses dez municípios, R$ 25,104 bilhões. O Estado da Bahia vai arrecadar a mais R$ 19,510 milhões. E os municípios vão arrecadar mais R$ 12,581 milhões. Quando você soma isso aqui tudo são R$ 57 bilhões de reais.
 
Quais são os municípios?
Você tem de Santo Antônio de Jesus para cá, de Valença para cá e acrescentando a Ilha de Itaparica e Vera Cruz, pelo eixo da rodovia. São dez municípios que temos ali naquele bolinho. A ideia nossa é, quando chegar com a ponte – isso não está nesse contrato. O que é que está no contrato? A ponte, uma duplicação, uma via expressa no meio da ilha e a BA-001. As duas chegam à ponte do Funil. Enquanto os chineses vão estar construindo isto aqui, nós vamos duplicar a ponte do Funil e vamos levar essa duplicação até Santo Antônio de Jesus e trazer a duplicação até Valença. Essa é a primeira fase da ponte, mas isso não está neste contrato. O contrato dos chineses é a ponte, as duas duplicações internamente na ilha até a ponte do Funil.
 
Há uma tentativa visível de fomentar desenvolvimento regional daquele lado. O governo inclusive traz números a esse respeito. Quando, semanas atrás, o senhor falou da possibilidade de transformar o Estaleiro Enseada do Paraguaçu no canteiro de obras da ponte, isso se confirma?
Confirma. Nós precisamos ter o ‘de acordo’ dos proprietários. Mas está parado, todo parado. Se ele está parado, será que você não vai querer alugar aquilo ou subempreitar a construção das vigas? Nós temos a possibilidade de três canteiros. Uma já recebemos, que é o canteiro da Petrobras, em São Roque. O outro é um canteiro que já é do governo do Estado da Bahia, um antigo porto.
 
O porto ao lado de São Roque? Mas aquilo está desativado.
Ativa-se, então. É uma área totalmente plana que pode ser transformada em um canteiro para construir as vigas da ponte.
 
Então já está certo que em São Roque vai haver construção?
De zero a dez, a não ser que os chineses não concordem, porque temos que ter a concordância deles. Mas é prático, o melhor local é São Roque do Paraguaçu, de onde podemos transportar as vigas de balsa. Não tem transporte mais barato do que marítimo. Se for fazer em outro lugar, terá que transportar de caminhão. Se é para tranportar uma viga de cento e tantas toneladas, vou transportar de balsa.
 
De zero a dez, a probabilidade?
Eu acho que é dez.
 
Incluindo o Enseada do Paraguaçu?
Incluindo o Enseada do Paraguaçu, que é o ideal. Por quê é o ideal? Porque a infraestrutura está toda pronta, você tem refeitórios prontos, alojamentos para duas mil pessoas. Então ali é o local natural.
 
Também faz algumas semanas, o governador anunciou um novo projeto de terminais marítimos para Itaparica, Salinas da Margarida e Maragojipe. Isso está ligado à mesma ideia de desenvolvimento regional ali?
Está ligado a um desenvolvimento econômico do Estado da Bahia e da Baía de Todos os Santos. O que é que nós queremos? Você vai ter um acesso para chegar a toda essa região. Você tem, logo após a ponte [do Funil] uma área plana, maravilhosa. Qual é o grande problema nosso hoje? É oferecer – eu estou na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Qual é a minha função? É capitanear para trazer empresas de fora para a Bahia. Então nós não temos mais áreas. Ali no CIA [Centro Industrial de Aratu] está tudo lotado.
Estou reaproveitando algumas áreas. Hoje mesmo (20 de dezembro) bati o martelo com uma empresa para assentar em Simões Filho, onde havia outra empresa. E ali em Nazaré [das Farinhas], naquela área, nós vamos fazer um grande centro industrial e comercial. Complementando essa infraestrutura industrial, vamos pegar essa estrutura aqui [Enseada e São Roque] tanto para apoiar como para receber apoio e um porto com calado de 27 metros.
O governador Rui Costa tem uma preocupação muito grande com a receita do Estado. Estamos vivendo um momento muito difícil na nossa história política, no Estado da Bahia. A Previdência dos funcionários públicos a cada ano dobra. Ela aumenta de valor porque os funcionários vão se aposentando e nós vamos precisando de mais dinheiro para pagar a Previdência. Estamos chegando a um consenso de que ou você aumenta a receita do Estado ou daqui a cinco, dez anos você vai ter que cortar o salário dos aposentados do Estado para poder pagar, para não ficar como o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, que estão quebrados. Precisamos aumentar a receita.
Temos alguns projetos de desenvolvimento econômico do Estado, entre os quais estão estes aqui, que estamos falando, que é você aumentar a receita. A ponte Salvador-Itaparica, com todo o sistema SVO [Sistema Viário Oeste], dobra a receita do Estado. Temos uma receita hoje de R$ 44 bilhões e durante o período da concessão vamos ter um acréscimo de receita de R$ 44 bilhões por ano.
 
Por que é que a ponte é importante para Lauro de Freitas, de um ponto de vista geral? Hoje Salvador só cresce para cá. Se Joãozinho e Maria se casam, eles não vão procurar casa em Salvador, mas em Lauro de Freitas. Lauro de Freitas cresceu porque Salvador cresceu para cá.
Vai chegar um ponto em que ela não vai crescer mais, vai inchar. Então, se você não criar um novo vetor de crescimento no Estado, na Região Metropolitana – porque isso aqui do lado de cá, Itaparica, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus, de Valença para cá, vai ser região metropolitana de Salvador. Nazaré vai ser região metropolitana, da mesma forma que nós aumentamos agora, São Sebastião do Passé, Camaçari, Mata de São João. Se você pegar, as distâncias aqui são maiores do que para cá.
 
Esse também é um dos objetivos do Estado em relação à ponte, criar um novo vetor de crescimento?
E desafogar esse tráfego aqui. Eu era secretário de Infraestrutura do Estado da Bahia quando fiz a duplicação do [acesso ao] Polo Petroquímico. Do complexo Dois de Julho até o Polo Petroquímico fui eu que fiz o projeto, fui eu que levei para [Jaques] Wagner aprovar. A princípio o governador Wagner dizia “não, não sei Leão, não temos dinheiro”, e nós fizemos uma concessão pura e simples, o Estado não entrou com um real, a mesma história da ponte. Só que a ponte, por ser uma obra grande demais, o Estado está entrando com uma participação. Imagine o que seria o [acesso ao] Polo Petroquímico hoje sem essa duplicação.
Queremos pegar todo esse vetor daqui, o contorno da Baía de Todos os Santos. Você vai aproximar 250 municípios do Estado, onde moram dez milhões de pessoas, que vão ficar mais perto de Salvador, no mínimo, 100 Km: Ilhéus, Itabuna, 144 Km a menos; Belmonte, 283 Km a menos; Porto Seguro, 250 Km a menos; Santo Antônio de Jesus, Itaberaba, Barreiras, menos 100 Km; Jaguaquara, menos 120 Km. A Bahia vai ser outra depois dessa ponte.
 
Vamos voltar ao primeiro tópico, em relação a metrô, VLT ou BRT [em Lauro de Freitas].
Pelo que vi no Rio Grande do Sul, o pessoal do aeromóvel fez uma PMI – Proposta de Manifestação de Interesse, para ter um metrô diferente, um sistema totalmente diferente que funciona maravilhosamente bem no Rio Grande do Sul, na ligação, por coincidência, aeroporto-metrô. Ele transporta ali 10 mil pessoas/dia. Nós temos condições de fazer isso aqui para transportar até 20 mil pessoas/hora.
Você vai pegar de Portão até o aeroporto e da Itinga até [o Centro de] Lauro de Freitas, chegando aqui perto de Vilas do Atlântico, pelo lado do estádio de futebol. Você pode até alongar um pouquinho e o meu ideal seria que viesse até Vilas do Atlântico. Aí eu ia sair de casa, pegar meu metrozinho e ia bater lá na vice-governadoria. Você pode fazer até uma ligação Itinga-Aeroporto.
 
Então, com base nessa argumentação, o senhor prefere o VLT?
Prefiro o VLT, que é o VLT do aeromóvel, que é um sistema novo. Rui diz sempre: “nós temos que ter muito cuidado com essas coisas novas”. Também acho. Está funcionando no Rio Grande do Sul. Nós precisávamos fazer uma linha pequena para testar. Funcionou bem e está funcionando maravilhosamente bem? Então, vamos fazer a ligação até Portão. O sonho de Rui, ele foi funcionário do Polo Petroquímico, é levar isso até lá, botar os funcionários para ir e voltar de metrô.
 
Vamos passar para outro assunto que não funciona bem, que é o trânsito interno em Lauro de Freitas. O senhor, há muitos anos, tinha defendido a abertura de uma via expressa, que é a atual Dois de Julho, que tomou uma parte da Base Aérea, que iria até Ipitanga, hoje só vai até o Centro.
Até Ipitanga, não. Ela viria até dentro de Vilas do Atlântico.
 
Isso. Como é que está esse projeto? Hoje o Plano Diretor já prevê isso?
Parado, totalmente parado. A prefeita Moema Gramacho precisa procurar o governador Rui Costa e pedir para ele fazer essa avenida aqui. Temos autorização da Aeronáutica, desde a época que Marcelo Abreu foi prefeito. Roberto Muniz fez aquele primeiro pedaço ali, com emenda de bancada do deputado João Leão. Roberto Muniz fez uma pista dupla da praia de Ipitanga até o final da Amarílio Thiago. Ali nós iriamos entroncar. Hoje não sei como seria. Teríamos que rever com a Aeronáutica, mas estou à inteira disposição da prefeita, se ela quiser me procurar, para voltarmos a discutir com a Aeronáutica.
 
A respeito das eleições de 2020, o seu partido já definiu candidato para Lauro de Freitas?
Não, ainda não. Não tenho pressa não. Quando fui candidato a prefeito, me lancei candidato em 1º de maio. Roberto quando foi candidato, lançamos em 1º de maio, Marcelo Abreu lançamos em 1º de maio. Para quê pensar em candidatura agora? Temos é que trabalhar, principalmente eu, que estou como vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico.
 
O senhor pensa na possibilidade de o seu partido disputar essa eleição em aliança com Moema Gramacho, com o PT?
Tudo na política pode acontecer. Olhe, eu queria comer o fígado de Antônio Carlos Magalhães e terminei aliado dele por méritos de Luís Eduardo Magalhães. Fizemos um acordo. Ele pediu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para eu fosse à casa dele. “Mas presidente, eu ir na casa de Antônio Carlos” – Luís Eduardo tinha morrido um dia antes. “Ele faz questão de que você vá lá. Leão, vá lá”. Resmunguei: “presidente eu não vou não”. E ele respondeu, na lata: “pedido de presidente não se nega”. Cedi: “está bem, vou lá por sua causa, mas não vai dar bem esse treco”.
Fui com Roberto Muniz, que era prefeito de Lauro de Freitas. Quando chegamos lá, encontramos o Samuel Celestino e o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Amadiz Barreto. Disse: “Roberto, amanhã vamos estar na coluna do Samuel dizendo que viemos aqui nos entregar”. Antonio Carlos virou para Samuel e Amadiz e disse: “vocês me desculpem, mas vou atender primeiro o deputado João Leão, a quem pedi pessoalmente que viesse até aqui”. Entramos na biblioteca e ele repetiu: “Samuel, Amadiz, quero dizer a vocês que fui eu que os convidei”.
Levamos duas horas e meia conversando. Ele dizia: “Leão, você tem que continuar”. Eu respondia: “presidente, não dá, – ele era presidente do Senado – eu era amigo de Luís Eduardo Magalhães, o senhor vai escolher Paulo Souto governador da de Freitas].
Pelo que vi no Rio Grande do Sul, o pessoal do aeromóvel fez uma PMI – Proposta de Manifestação de Interesse, para ter um metrô diferente, um sistema totalmente diferente que funciona maravilhosamente bem no Rio Grande do Sul, na ligação, por coincidência, aeroporto-metrô. Ele transporta ali 10 mil pessoas/dia. Nós temos condições de fazer isso aqui para transportar até 20 mil pessoas/hora.
Você vai pegar de Portão até o aeroporto e da Itinga até [o Centro de] Lauro de Freitas, chegando aqui perto de Vilas do Atlântico, pelo lado do estádio de futebol. Você pode até alongar um pouquinho e o meu ideal seria que viesse até Vilas do Atlântico. Aí eu ia sair de casa, pegar meu metrozinho e ia bater lá na vice-governadoria. Você pode fazer até uma ligação Itinga-Aeroporto.
Então, com base nessa argumentação, o senhor prefere o VLT?
Prefiro o VLT, que é o VLT do aeromóvel, que é um sistema novo. Rui diz sempre: “nós temos que ter muito cuidado com essas coisas novas”. Também acho. Está funcionando no Rio Grande do Sul. Nós precisávamos fazer uma linha pequena para testar. Funcionou bem e está funcionando maravilhosamente bem? Então, vamos fazer a ligação até Portão. O sonho de Rui, ele foi funcionário do Polo Petroquímico, é levar isso até lá, botar os funcionários para ir e voltar de metrô.
Vamos passar para outro assunto que não funciona bem, que é o trânsito interno em Lauro de Freitas. O senhor, há muitos anos, tinha defendido a abertura de uma via expressa, que é a atual Dois de Julho, que tomou uma parte da Base Aérea, que iria até Ipitanga, hoje só vai até o Centro.
Até Ipitanga, não. Ela viria até dentro de Vilas do Atlântico.
Isso. Como é que está esse projeto? Hoje o Plano Diretor já prevê isso?
Parado, totalmente parado. A prefeita Moema Gramacho precisa procurar o governador Rui Costa e pedir para ele fazer essa avenida aqui. Temos autorização da Aeronáutica, desde a época que Marcelo Abreu foi prefeito. Roberto Muniz fez aquele primeiro pedaço ali, com emenda de bancada do deputado João Leão. Roberto Muniz fez uma pista dupla da praia de Ipitanga até o final da Amarílio Thiago. Ali nós iriamos entroncar. Hoje não sei como seria. Teríamos que rever com a Aeronáutica, mas estou à inteira disposição da prefeita, se ela quiser me procurar, para voltarmos a discutir com a Aeronáutica.
A respeito das eleições de 2020, o seu partido já definiu candidato para Lauro de Freitas?
Não, ainda não. Não tenho pressa não. Quando fui candidato a prefeito, me lancei candidato em 1º de maio. Roberto quando foi candidato, lançamos em 1º de maio, Marcelo Abreu lançamos em 1º de maio. Para quê pensar em candidatura agora? Temos é que trabalhar, principalmente eu, que estou como vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico.
O senhor pensa na possibilidade de o seu partido disputar essa eleição em aliança com Moema Gramacho, com o PT?
Tudo na política pode acontecer. Olhe, eu queria comer o fígado de Antônio Carlos Magalhães e terminei aliado dele por méritos de Luís Eduardo Magalhães. Fizemos um acordo. Ele pediu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para eu fosse à casa dele. “Mas presidente, eu ir na casa de Antônio Carlos” – Luís Eduardo tinha morrido um dia antes. “Ele faz questão de que você vá lá. Leão, vá lá”. Resmunguei: “presidente eu não vou não”. E ele respondeu, na lata: “pedido de presidente não se nega”. Cedi: “está bem, vou lá por sua causa, mas não vai dar bem esse treco”.
Fui com Roberto Muniz, que era prefeito de Lauro de Freitas. Quando chegamos lá, encontramos o Samuel Celestino e o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Amadiz Barreto. Disse: “Roberto, amanhã vamos estar na coluna do Samuel dizendo que viemos aqui nos entregar”. Antonio Carlos virou para Samuel e Amadiz e disse: “vocês me desculpem, mas vou atender primeiro o deputado João Leão, a quem pedi pessoalmente que viesse até aqui”. Entramos na biblioteca e ele repetiu: “Samuel, Amadiz, quero dizer a vocês que fui eu que os convidei”.
Levamos duas horas e meia conversando. Ele dizia: “Leão, você tem que continuar”. Eu respondia: “presidente, não dá, – ele era presidente do Senado – eu era amigo de Luís Eduardo Magalhães, o senhor vai escolher Paulo Souto governador da de Freitas].
Pelo que vi no Rio Grande do Sul, o pessoal do aeromóvel fez uma PMI – Proposta de Manifestação de Interesse, para ter um metrô diferente, um sistema totalmente diferente que funciona maravilhosamente bem no Rio Grande do Sul, na ligação, por coincidência, aeroporto-metrô. Ele transporta ali 10 mil pessoas/dia. Nós temos condições de fazer isso aqui para transportar até 20 mil pessoas/hora.
Você vai pegar de Portão até o aeroporto e da Itinga até [o Centro de] Lauro de Freitas, chegando aqui perto de Vilas do Atlântico, pelo lado do estádio de futebol. Você pode até alongar um pouquinho e o meu ideal seria que viesse até Vilas do Atlântico. Aí eu ia sair de casa, pegar meu metrozinho e ia bater lá na vice-governadoria. Você pode fazer até uma ligação Itinga-Aeroporto.
 
Então, com base nessa argumentação, o senhor prefere o VLT?
Prefiro o VLT, que é o VLT do aeromóvel, que é um sistema novo. Rui diz sempre: “nós temos que ter muito cuidado com essas coisas novas”. Também acho. Está funcionando no Rio Grande do Sul. Nós precisávamos fazer uma linha pequena para testar. Funcionou bem e está funcionando maravilhosamente bem? Então, vamos fazer a ligação até Portão. O sonho de Rui, ele foi funcionário do Polo Petroquímico, é levar isso até lá, botar os funcionários para ir e voltar de metrô.
 
Vamos passar para outro assunto que não funciona bem, que é o trânsito interno em Lauro de Freitas. O senhor, há muitos anos, tinha defendido a abertura de uma via expressa, que é a atual Dois de Julho, que tomou uma parte da Base Aérea, que iria até Ipitanga, hoje só vai até o Centro.
Até Ipitanga, não. Ela viria até dentro de Vilas do Atlântico.
 
Isso. Como é que está esse projeto? Hoje o Plano Diretor já prevê isso?
Parado, totalmente parado. A prefeita Moema Gramacho precisa procurar o governador Rui Costa e pedir para ele fazer essa avenida aqui. Temos autorização da Aeronáutica, desde a época que Marcelo Abreu foi prefeito. Roberto Muniz fez aquele primeiro pedaço ali, com emenda de bancada do deputado João Leão. Roberto Muniz fez uma pista dupla da praia de Ipitanga até o final da Amarílio Thiago. Ali nós iriamos entroncar. Hoje não sei como seria. Teríamos que rever com a Aeronáutica, mas estou à inteira disposição da prefeita, se ela quiser me procurar, para voltarmos a discutir com a Aeronáutica.
 
A respeito das eleições de 2020, o seu partido já definiu candidato para Lauro de Freitas?
Não, ainda não. Não tenho pressa não. Quando fui candidato a prefeito, me lancei candidato em 1º de maio. Roberto quando foi candidato, lançamos em 1º de maio, Marcelo Abreu lançamos em 1º de maio. Para quê pensar em candidatura agora? Temos é que trabalhar, principalmente eu, que estou como vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico.
 
O senhor pensa na possibilidade de o seu partido disputar essa eleição em aliança com Moema Gramacho, com o PT?
Tudo na política pode acontecer. Olhe, eu queria comer o fígado de Antônio Carlos Magalhães e terminei aliado dele por méritos de Luís Eduardo Magalhães. Fizemos um acordo. Ele pediu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para eu fosse à casa dele. “Mas presidente, eu ir na casa de Antônio Carlos” – Luís Eduardo tinha morrido um dia antes. “Ele faz questão de que você vá lá. Leão, vá lá”. Resmunguei: “presidente eu não vou não”. E ele respondeu, na lata: “pedido de presidente não se nega”. Cedi: “está bem, vou lá por sua causa, mas não vai dar bem esse treco”.
Fui com Roberto Muniz, que era prefeito de Lauro de Freitas. Quando chegamos lá, encontramos o Samuel Celestino e o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Amadiz Barreto. Disse: “Roberto, amanhã vamos estar na coluna do Samuel dizendo que viemos aqui nos entregar”. Antonio Carlos virou para Samuel e Amadiz e disse: “vocês me desculpem, mas vou atender primeiro o deputado João Leão, a quem pedi pessoalmente que viesse até aqui”. Entramos na biblioteca e ele repetiu: “Samuel, Amadiz, quero dizer a vocês que fui eu que os convidei”.
Levamos duas horas e meia conversando. Ele dizia: “Leão, você tem que continuar”. Eu respondia: “presidente, não dá, – ele era presidente do Senado – eu era amigo de Luís Eduardo Magalhães, o senhor vai escolher Paulo Souto governador da Bahia”. “E se eu lhe disser que não vai ser Paulo Souto?”.
Eu não tinha muita afinidade com Paulo Souto. Hoje me dou maravilhosamente bem com ele, com os filhos dele, mas na época eu tinha uma rixazinha com Paulo Souto porque, se você me perguntar, nem eu sei. Coisas da vida. Aí ele disse: “se lhe disser o nome do meu candidato, você não diz a ninguém?” Respondi: “não digo a ninguém”. E ele então revelou: “vai ser César Borges”. Aí então levantei a mão e disse: com César Borges eu fico. César era meu amigo e é até hoje meu amigo.
Fizemos a campanha toda, César ganhou de Jaques Wagner – eu dou muita sorte para vencer. Depois fui ser secretário de Infraestrutura do governador Jaques Wagner, fizemos uma revolução no governo, tanto que Wagner me convidou para ser o vice de Rui. O candidato predileto dele era Rui. E estamos aí fazendo um bom governo, as pesquisas que o digam, 75%, 80% de aprovação, avaliação excepcional.
 
O senhor é um vice nada decorativo, além de ser secretário de Estado do Desenvolvimento.
O vice só pode ser ágil em realizar se o governador permitir. O governador Rui Costa me dá agilidade para eu poder ajuda-lo.
 
Esse projeto da ponte vai acabar, senão todo, eu diria que 80% creditado a João Leão, o pai dessa obra, sem demérito para o governador, que tem a sua parcela de trabalho.
Não, o governador tem a parcela total porque se não fosse o governador Rui Costa não existiria a ponte. Não fosse o ex-governador Jaques Wagner, não existiria a ponte. Tenho que defender meus amigos. O ex-governador Jaques Wagner teve a ousadia de contratar uma empresa por R$ 85 milhões para fazer o projeto executivo da ponte. É muita ousadia, é preciso você acreditar. E Wagner acreditou nisso e Rui continuou acreditando. E eu, desde o princípio, acreditei.
Dizia meu pai que o que derruba fogo é monturo. Toca fogo e a panela vira. Graças a Deus sou obcecado pelas coisas. Quando fui prefeito fui obcecado pela duplicação da Estrada do Coco, pelo projeto da Escola de Cadetes Mirins e tantos outros projetos que fizemos aqui em Lauro de Freitas. Almoçava, jantava, dormia, sonhando com isso.
A mesma coisa fiz com a ponte Salvador-Itaparica, a mesma coisa fiz com a ponte da Barra [município], para onde estamos levando uma via que partiu de Feira de Santana, indo até Irecê, Chique-Chique, Barra e vamos subir até Mansidão e de Mansidão vamos entrar no Piauí. Para quê isso? Para trazer a riqueza lá do Matopiba aqui para Salvador. Em vez da riqueza sair para lá, ela vem para cá.
Um sonho que tive e que está se transformando em realidade, fui eu que comecei – Vasco Neto idealizou – a ferrovia Leste-Oeste, mas isso nunca funcionou, nunca ninguém fez projeto. Eu, com essas verbas parlamentares que vocês jornalistas condenam, que “é um absurdo, que não sei o quê, verba de parlamento”, eu fiz o projeto da ferrovia Oeste-Leste. O projeto da ferrovia é de minha autoria, contratamos o doutor Neli Regis, um engenheiro que tem 96 anos de idade que fez a ferrovia, tudo por onde ela vai passar.
 
O senhor já tinha uma grande capilaridade [política] nos municípios, principalmente do Oeste, que lhe rendeu proeminência política, que foi o que o levou à candidatura a vice, que levou Jaques Wagner a quere-lo na chapa. Essa capilaridade hoje deve ser maior ainda porque o seu setor, a sua pasta, é desenvolvimento econômico no estado todo. O senhor está mais presente ainda em todo o estado. De alguma forma o projeto da ponte vai elevar a sua imagem no estado, por muito que o senhor queira compartilhar a paternidade com todo mundo. A sua figura política cresceu muito depois da sua eleição e de Rui.
E a de Rui cresceu muito mais que a minha!
 
Mas Rui não é um político.
Não é o quê! Rui é um político forte, novo, de um pensamento diferente. Tanto é melhor do que eu que ele é governador e eu sou o vice.
 
Ele tem o seu lugar. Mas o senhor teve um crescimento exponencial nestes anos por conta do caminho que tomou. A capilaridade no Oeste e agora em todo o estado, a vice-governadoria, a secretaria, grandes projetos, como o da ponte. Qual é o seu projeto para o futuro? Em 2022 é o Senado ou é o governo?
Eu não conto com o ovo em ‘quincas’ da galinha.
 
Do que é que o senhor gostaria?
Eu não gostaria de nada. Quero fazer acontecer. Quero fazer a ponte, concluir a ponte da Barra, que já começou, quero fazer uma série de obras que estão aí. Quero ajudar o governador Rui Costa. Não sou obcecado para querer aparecer. Ao contrário. Tanto que quando chego em qualquer lugar, representando o governador Rui Costa, faço questão de falar no nome dele e dizer a todos “o governador Rui Costa mandou um abraço” para cada um de vocês aqui.
Hoje temos na Bahia Rui Costa, que é o governador; temos Jaques Wagner, que é senador; temos Otto Alencar e Ângelo Coronel, que são senadores e tem João Leão, que é vice-governador. Temos cinco nomes que são expoentes hoje na política baiana. Fico muito feliz de ser um dos cinco. Não me interessa ser o primeiro.
 
O mandato de Otto Alencar acaba agora.
Acaba daqui a dois anos. Otto tem todo o direito de ter o sonho de ser governador. Todo o direito. Rui tem todo o direito em sonhar ser candidato a presidente da República. Olha, Rui tem uma estrela na testa.
 
O senhor acha que é esse o futuro dele?
Eu não acho. Acho que ele faz com que a coisa aconteça.
 
Ele adotou uma posição no ano passado que é de quem está construindo uma aliança.
Aí você diz, “mas tem Lula”. Eu digo “sim, tem Lula, mas será que Lula vai? Será que Lula não tem problema?”. Acho que o Brasil precisa de políticos jovens, como Rui Costa, que têm uma cabeça boa. É um bom político.
 
Seria um bom presidente?
Sorte do Brasil se Rui Costa fosse presidente da República. Por quê? Porque ele é obcecado por administração pública. Ele vai para os mínimos detalhes. Ele despacha com um secretário aqui, despacha com outro ali. A mesma coisa ele ia fazer com os ministros.
 
Deixe-nos desenhar um cenário. O que o senhor acha? Rui Costa à Presidência, Otto ao governo e o senhor ao Senado.
Não sei. Não tenho a mínima ideia. Não tenho o direito de pensar e de sonhar. O que tenho direito de dizer é o seguinte: você sabe o que é um teodolito? É um instrumento de engenharia, usado por topógrafos, no qual você olha e vê longe. Ele tem três pés.
Comparo nosso grupo político a um teodolito. Você tem aqui o PT, que é o partido do governador Rui Costa, com o senador Jaques Wagner; você tem o PSD, que é o partido do senador Ângelo Coronel e Otto Alencar e o outro pé do teodolito é o PP, que é o partido de João Leão. Então, se esses três se mantiverem juntos, o próximo governo será nosso. Ainda tem ali no meio um pêndulo, com o PSB, o PC do B, os partidos menores, o PL, que ficam ali gravitando em torno do PSD, do PP e do PT. Aí o que é que vai acontecer? Mantendo esse grupo unido nós ganharemos a eleição e não tem nada para DEM nem para ninguém.
 
Para manter esse grupo unido é preciso encontrar um destino para cada um.
Soluções! Agora, se eu chegar e disser “não, eu quero ser governador e não abro” eu já estou comprando briga. Se Otto disser “eu quero ser governador e não abro”, se Wagner disser “eu quero ser governador e não abro”. E se Rui Costa disser “quero ser senador e não abro”? Porque a vaga é uma só. Rui pode dizer “vou continuar no governo” [como secretário]. Consenso absoluto.
 
Não é politicamente viável que Rui seja candidato ao Senado porque é uma vaga só.
Cada um de nós é um coringa. “Ô Wagner, fica quieto aí no seu cantinho que tu já é senador e tal, tal, tal”. Otto, você tem que ter alguma coisa. Otto pode ser vice, pode ser governador. Se você pegar Wagner governador, Otto vice, Leão está no Senado. Eu não posso mais ser vice. Só posso ser, ou governador ou senador. Porque a lei não me permite ser vice.
 
O senhor tem sido uma pessoa muito fiel e muito discreta no cargo de vice-governador.
Isso é que é um bom vice.
 
Mas quem olha para trás, para o Leão aguerrido, guerreiro, o João Leão teve que às vezes dosar um pouco?
Dosar, frear, respeitar. Você tem que respeitar. Por exemplo, quando estou como secretário de Desenvolvimento Econômico, o Rui Costa é meu chefe. Ele é o governador, eu sou secretário. Quando estou como vice-governador e Rui Costa como governador, ele não é meu chefe. Ele é meu amigo, é meu companheiro.
 
Ambos foram eleitos.
Teve gente que votou nele por causa de João Leão, e teve voto dele.
 
Não é só isso: quem votou em Rui Costa votou também em João Leão. A foto estava na urna.
Sim, mas muitas pessoas dizem “eu votei em Rui por sua causa” e votaria hoje novamente.

 

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