Com população estimada de 201 mil pessoas, segundo o IBGE, Lauro de Freitas é uma cidade que, como tantas outras, colhe os bônus e também os ônus do crescimento urbano.
Se por um lado o município se destaca entre os 10 maiores PIB per capita do Estado, com R$31.809,81, por outro lado apresenta a segunda maior densidade demográfica, com 2.833 hab./km² e as consequências disso são visíveis, por exemplo, nas condições habitacionais.
Segundo dados do último Censo, realizado em 2010, 11,38% dos domicílios de Lauro de Freitas apresentavam três ou mais moradores por dormitório. Já o mapeamento de 2019, destacava que 12,79% dos domicílios estavam em áreas de aglomerados subnormais (uma forma de ocupação irregular de terrenos de propriedade alheia, sejam públicos ou privados, para fins de habitação em áreas urbanas e, em geral, caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e/ou localização em áreas de risco).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), indicador formado pela análise de eixos como educação, saúde e renda, apresenta curva de crescimento de 1991 a 2010, ano da última análise, saindo de 0,474 para 0,745. E na economia, de janeiro a julho de 2020, apesar da pandemia, foram movimentados cerca de US$ 26 milhões em importações e US$ 4 milhões em exportações na economia local, segundo dados do Ministério da Economia.
Mas não é de hoje que a cidade acumula queixas consistentes quanto a mobilidade urbana e o trânsito, cada vez mais caótico. Transporte público com frota ultrapassada, abrindo espaço inclusive para serviços de transporte não regulamentados, qualidade da malha viária, pouca oferta de estacionamentos, ciclofaixas, faixas de pedestres ou passarelas, e grandes engarrafamentos, são alguns dos ítens mais relatados pelos moradores da cidade.
Esses problemas, de forma bem acentuada, são sempre elencados quando o assunto aborda a qualidade de vida no município. Leia aqui alguns depoimentos colhidos em poucas horas de consulta em nosso Instagram (@vilasmagazine) sobre quais mudanças o morador de Lauro de Freitas, deseja para a cidade nos próximos quatro anos.
Conhecendo os candidatos
Com a promessa de transformar a realidade de Lauro de Freitas, 550 pessoas estão se colocando à disposição para assumir um cargo na administração pública, seja na condição de prefeito, vice-prefeito ou vereador. Através da propaganda eleitoral, que começou em 27 de setembro e segue até 14 de novembro, os eleitores podem conhecer os candidato, fazendo suas escolhas para o pleito de 15 de novembro.
Concorrem ao Executivo Municipal Felipe Manassés e Vander Cadeirante (PROS), Marcello Santana e Luiz Bacelar (MDB), Mauro Cardim e Sargento Figueiredo (PTB), Mirela Macedo e Fausto Franco (PSD/PMB), Moema Gramacho e Dr. Vidigal (PT/Republicanos – Reeleição) e Teobaldo Costa e Mateus Reis (DEM/PSDB).
O Tribunal Superior Eleitoral disponibiliza, pelo portal http://divulgacandcontas.tse.jus.br/ informações detalhadas sobre cada candidato, inclusive quanto aos gastos de cada campanha. No caso dos seis candidatos à prefeito e vice-prefeito, é possível também conhecer as propostas de governo das chapas. Este ano, sobretu do por conta do distanciamento social necessário por conta da Covid-19, a campanha pelas redes sociais ganha mais destaque. As estratégias para atrair os eleitores vão desde conteúdo exclusivo sobre a campanha, depoimentos de apoio, vídeos e lives ao vivo, e também fotos pessoais mostrando detalhes da vida íntima com a família, amigos e animais de estimação.
No registro da candidatura no TSE, apenas os candidatos Mirela Macedo (@mirelaprefeita.55 – 31,7mil seguidores), Moema Gramacho (@moemagramachooficial – 38,9mil seguidores) e Teobaldo Costa (@teobaldocostaoficial – 63,1mil seguidores) informaram site e perfis oficiais nas redes sociais. Na busca diretamente no aplicativo Instagram localizamos os perfis de Felipe Manásses (@felipe_manasses_oficial – 150mil seguidores), Marcello Santana (@marcellosantanaadv – 2.105mil seguidores) e Mauro Cardim (@maurocardimoficial – 42,3mil seguidores).
No combate às fake news
No Brasil, as eleições de 2018 evidenciaram o poder do ativismo digital e do engajamento social através das mídias digitais, bem como das fake news, o que aumentou a atenção do TSE quanto ao cumprimeto das regras para a campanha eleitoral na internet.
Dentre as regras não é permitido propaganda em sites de empresas ou órgãos públicos. O impulsionamento de propaganda eleitoral só pode ser feito através da conta oficial de candidato, partido ou coligação, diretamente com o Facebook ou o Google. O envio de mensagens através de aplicativos como WhatsApp, Telegram, Confide, entre outros, além de SMS, é permitido desde que o contato faça parte da lista do candidato ou partido, e sendo obrigatório uma opção fácil de descadastramento para os eleitores que não quiserem mais receber o conteúdo.
Também é proibida a propaganda de forma anônima, sob pena de multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil, e campanhas de ataques contra adversários (marketi ng negati vo de guerrilha ou uso de milícias digitais). Nesse caso, tanto quem contratou como quem fez os ataques respondem pelo crime, sujeitos a penas de dois a quatro anos de prisão.
Caso receba mensagens com característi ca de envio em massa, caracterizado por linguagem impessoal, podendo conter links e conteúdos suspeitos, alarmistas ou acusatórios, o eleitor pode denunciar pelo link https://denuncia-whatsapp.tse.jus.br/dew/rest/denuncia/