Planejado pela Construtora Odebrecht quando da construção de Vilas do Atlântico, o rio Sapato tem várias comportas ao longo de seu curso, dentro de Vilas do Atlântico. Essas comportas dão uma dimensão maior ao rio do que na verdade ele é: um pequeno riacho ou córrego.
Na primeira gestão da atual prefeita, Moema Gramacho (2005 a 2008), foi construída uma drenagem pluvial, para o bairro Lagoa dos Patos, que desce ao longo da rua José Ribeiro da Silva, um mau cheiro de assustar moradores das casas, prédios e condomínios que ficam no percurso.
Essa drenagem deságua no rio Sapato, em Ipitanga. Essa drenagem pluvial hoje é um esgoto a céu aberto, principal ponto poluidor do rio, pois o esgoto contém nutrientes N (Nitrogênio) e P (Fósforo ). Como essa contaminação está a montante de Vilas do Atlântico, esses nutrientes se dissolvem e provocam o crescimento acelerado de plantas (Macrófitas) principalmente dentro dos limites de Vilas do Atlântico, cobrindo toda extensão do rio, impedindo a troca de oxigênio da água do rio com o ar, causando mau cheiro e aumentando vetores de doença.
Na gestão do prefeito Márcio Paiva eram feitas limpezas periódicas do rio, em função do acelerado crescimento das plantas. Mas na gestão passada da atual prefeita o rio foi limpo, em toda sua extensão, somente uma vez, o que mostra o descaso da prefeita Moema Gramacho com Vilas do Atlântico, com o meio ambiente e com o aumento dos vetores de doenças.
A Salva já encaminhou inúmeras solicitações à Prefeitura para solucionar esse grave problema, sem sucesso. Já denunciamos no Ministério Público e nada acontece.
Um crime ambiental a céu aberto, cometido pela Prefeitura e com a anuência do Ministério Público da Bahia. Um absurdo.
Márcio Costa, presidente da Salva – Sociedade dos Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico.