Pesquisa aponta que tratamento alternativo é letal

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Um estudo publicado recentemente no periódico científico “Journal of the National Cancer Institute” reuniu dados de pessoas que seguiram tratamentos alternativos no lugar da medicina convencional e mostrou que elas têm uma chance de morrer 150% maior, em média, considerando os quatro tipos mais comuns de câncer: de mama, de próstata, colorretal e de pulmão.
 
O estudo teve repercussão global, diz a autora Skyler Johnson, da Universidade Yale, que comandou a iniciativa. Segundo ela, o interesse no tema é um indício da falta de dados confiáveis para a avaliação da eficácia de terapias alternativas (por não ter sido possível uma segmentação no estudo, acabaram todas entrando no mesmo balaio). “A questão para pacientes com cânceres curáveis foi respondida: eles não devem escolher a medicina alternativa. Infelizmente muitos continuarão escolhendo métodos alternativos e mais pesquisa é necessária para entender por que essa decisão é tomada”, disse Johnson.
 
“Apesar de as terapias alternativas muitas vezes aparentarem ser a única saída – como no caso de um câncer de pâncreas, após o uso das convencionais –, elas são um tiro no escuro, uma roleta russa”, diz Mauro Zukim, do Americas Oncologia.
 
O oncologista lembra do caso da fosfoetanolamina, que foi em pílulas no interior paulista para supostamente tratar o câncer. Após a realização de estudos ficou claro que ela “não servia pra nada”.
 
A aposta de Zukim e de outros oncologistas é que mesmo no caso do câncer de pâncreas (cuja fração de pacientes vivos após cinco anos é de cerca de 8%) é possível apostar as fichas em tratamentos recentes e naqueles que a ciência ainda está testando.

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