A proteção dos mananciais do rio Ipitanga e das Áreas de Preservação Permanente (APP) das represas de Ipitanga 1 e 2 estiveram em pauta no último debate para a implementação do Plano Urbanístico e Ambiental do Vetor Ipitanga. Dotar a área de infraestrutura urbana adequada, com desenvolvimento sustentável da região é outro objetivo do plano. Além de restringir ocupações na área das represas, o plano propõe novas Zonas Especiais de Interesse Social de (ZEIS) e a instalação do Parque Metropolitano do Ipitanga.
A área denominada de Vetor Ipitanga, com 30 Km², é composta por porções territoriais de Lauro de Freitas, Simões Filho e Salvador, numa região de valor ambiental elevado, cortada por diversos cursos d’água. As prioridades do plano serão o saneamento básico com rede de água e esgoto. A urbanização do Vetor será outro ponto que deve caminhar lado a lado com o saneamento. A partir daí o Parque Metropolitano deve ser a prioridade seguinte.
A Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes/Ipitanga, instituída em 1999, vive um quadro crescente de conflitos socioambientais, com intensificação da urbanização desordenada e exploração de minérios, comprometendo as áreas de proteção ambiental e dos mananciais hídricos que contribuem para o atendimento do abastecimento de água de boa parte da Região Metropolitana de Salvador.
O evento foi organizado pela Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento do Estado, em parceria com diversas instâncias dos governos estadual e municipal de Salvador, além de organizações da sociedade civil. Afetado pela ocupação urbana tanto na capital como em Lauro de Freitas, o Ipitanga é hoje o principal corpo d’água da cidade. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 4,07 milhões.
O plano pretende expressar “uma visão detalhada das demandas da população”, segundo explicou o secretário de Desenvolvimento Urbano Cássio Peixoto, além de apresentar propostas técnicas, que têm como prioridade os investimentos em saneamento básico, englobando o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo dos resíduos sólidos.
Há também obras de infraestrutura previstas, como a requalificação de pelo menos 70 quilômetros de vias e a construção de 35 quilômetros de novas vias de vale, preservando o viário já existente. Também estão previstas, segundo ele, ações de regularização fundiária e urbanística e qualificação dos espaços públicos.
Peixoto enfatizou ainda que o plano é peça fundamental para promover o desenvolvimento local sustentável a partir das suas dimensões socioambiental, econômica, cultural, urbanística, jurídico-legal e político-institucional.