Funcionando “quase como uma subprefeitura”, na avaliação do coordenador geral Márcio Costa, a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) segue em atividade 15 anos depois de fundada. Todo tipo de problema urbano em Vilas do Atlântico acaba na mesa dos coordenadores da entidade, que correm atrás das soluções junto à prefeitura.
No capítulo dos projetos para o bairro, a Salva quer operar o Parque Ecológico de Vilas do Atlântico “em parceria com a prefeitura”. No final do ano passado a entidade ganhou sala em espaço público – na entrada do parque, recentemente reformada.
A Salva quer viabilizar a “auto-manutenção” do parque, realizando feiras de produtos orgânicos, mantendo um orquidário e estimulando atividades de educação ambiental, além de outros eventos.
Outra das preocupações da atual coordenação da Salva é com o fluxo de água do rio Joanes. Márcio Costa afirma que “a Embasa retira toda a água da barragem, que não tem vazão para verter para Buraquinho”, ocasionando “grave problema ambiental e econômico para a região”.
A regularização ambiental inclui a retomada das obras de esgotamento sanitário no bairro. Costa avalia que isso poderia funcionar como uma “contrapartida” da Embasa. A entidade pede pressa no esgotamento sanitário de todo o município, “urgente esgotamento sanitário na Lagoa de Base” e o fim do lançamento de esgoto no rio Sapato por meio da rede pluvial, inclusive de bairros vizinhos. A Salva sugere iniciativas de “educação ambiental nas comunidades do entorno do rio” para minimizar o lançamento clandestino de esgoto.
Obter o esgotamento sanitário da Lagoa de Base “antes do final da obra da Conder” que reverte a drenagem pluvial daquele bairro para o rio Sapato é outra prioridade da Salva. Márcio Costa lembra que “não existe um tempo bem delimitado” para essa providência e que “dessa forma vai haver esgoto no fluxo pluvial todos os meses vindo para o rio Sapato”, além de continuar a haver prejuízo para os moradores da Lagoa da Base.
O meio ambiente aparece no topo das preocupações da entidade também quando se trata de propor a coleta seletiva de lixo em Vilas do Atlântico, com a implantação de um projeto piloto e o desenvolvimento de projetos com empresas de reciclagem.
A segurança pública, primeira razão de ser da Salva, 15 anos atrás, continua na pauta. A entidade quer melhorar a vigilância preventiva contratada a uma empresa privada, inclusive com o uso de câmeras e obter maior atuação conjunta com a Policia Militar.
A infraestrutura do bairro, se depender da Salva, também vai melhorar, por exemplo nas portarias de Vilas do Atlântico, com o uso de “totens informativos”. Acima de tudo, a entidade defende a manutenção do Termo de Acordo e Compromisso (TAC) de Vilas do Atlântico, mas quer um programa de manutenção preventiva das praças, ruas e avenidas, com o plantio de árvores, melhoria dos passeios e via para ciclistas.
A Salva quer tomar conta do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico em parceria com a prefeitura