No último sábado de julho, Vilas do Atlântico amanheceu com o barulho de máquinas e a movimentação de um batalhão de agentes da SESP, liderados pelo secretário Anderson Pinheiro Santos (Decinho) e pelo superintendente de fiscalização, Alisson Ferreira, em um mutirão de limpeza realizada em vários pontos do loteamento com acúmulo de todos os tipos de descarte irregular que se possa imaginar, dentre eles, um colchão dentro do rio Sapato.
Meritória a ação, e seria ainda muito mais se os moradores exercessem, em toda sua plenitude, importantes valores para quem vive em comunidade: a cidadania, o respeito pelo direito do vizinho, a correição nas atitudes plurais.
Morador reclama que a cidade está suja, mal cuidada. É fato. Mas também é fato que os próprios moradores colaboram e incentivam a sujeira. Manda limpar a área de sua casa, podar árvores e coqueiros e não orienta seu caseiro a descartar corretamente os resíduos. Sua propriedade fica limpa, bem apresentável, mas o descarte irregular vai sujar as ruas, as margens dos rios, o lugar onde mora e seus vizinhos.
Durante a operação em Vilas do Atlântico, o secretário Decinho informou que o projeto Ações SESP nos Bairros contempla a cidade: “vamos deixar limpos todos os bairros da cidade, esperando que a comunidade os mantenham assim”.
O professor Henrique Moitinho, fundador do projeto projeto socioambiental Ilhas, pioneiro na coleta seletiva de lixo eletrônico no município e associado da SALVA, acompanhou as ações e informou que a associação, que representa os moradores de Vilas do Atlântico, disponibilizou vinte placas para serem instaladas em locais críticos, informando a proibição do descarte de podas, entulhos e móveis nas vias públicas e criou um formulário digital para as pessoas denunciarem vizinhos irresponsáveis que insistem em fazer descartes nas áreas públicas. A denúncia é anônima e reduz o tempo de resposta da fiscalização.
