
Empresários, profissionais liberais, aposentados, misturados e ligados por um forte sentimento de amizade sem barreiras de cor, sexo, idade, classe social, preferências políticas ou esportivas. Assim se pode definir a gama de clientes do descontraído ambiente do Boteco do Dedé, um lugar despretencioso, sem requintes, que reúne, na sua essência, um grupo de pessoas que prezam, valorizam e compartilham amizade. Afinal, é ao lado dos amigos que a vida faz sentido.

Aos sábados é sagrado: todos se encontram lá, embora alguns batam ponto diariamente. E aí rola um afinado regional, quando exibem seus dotes musicais. Regendo essa “algazarra improvisada”, uma figura festejada por todos eles – sem exceção -, atende com maestria e muita zoação os clientes: é o Geo. Incapaz de atender os pedidos sem uma piada, uma brincadeira, uma gozação. Impossível.
FOTO: Marcão mostrou seus dotes de churrasqueiro: a costela bovina não deu pro gasto. Matheus não tirava o olho.
Como se não bastasse, o grupo – ou a confraria? – promove há mais de 20 anos, um encontro anual para se festejarem, ainda mais. O encontro desse ano aconteceu na sexta-feira, 13 de novembro: enquanto Marcão assava as carnes, uma purinha de Salinas girava pelas mesas, “abrindo os trabalhos”. Saudações pra lá de diversificadas brindavam os que chegavam, animando o encontro com risadas em profusão, abraços ruidosos, sorrisos estampados, escancarando o prazer do reencontro. Recheios que só se justificam entre amigos de verdade. Rapidamente os instrumentos musicais foram passando de mão em mão, se alternando democraticamente, sob a marcação forte do mestre Silvio no surdo, Roque no pandeiro, Ferreira no tamborim, Zé Filgueiras no gogó, a assim em diante, animando a festa, que se estendeu até à noite. “Geo, mais uma cerveja”.
Marcão, dona Leo e o marido Dedé (donos do espaço), Geo, o garçon festeiro e Horácio