A implantação do estacionamento pago em via pública – a chamada “zona azul” – foi o tema principal da reunião da Associação de Comercial de Lauro de Freitas com empresários do Centro, realizada em primeiro de julho. O encontro faz parte de um ciclo debates mensais.
A avenida Praia de Copacabana, em Vilas do Atlântico, é uma das “áreas piloto” que a prefeitura vem estudando para implantar o estacionamento pago. No verão especialmente, a via fica lotada com automóveis dos banhistas que frequentam a praia.
Os outros locais da cidade que devem receber o sistema incluem Buraquinho, Jardim Aeroporto, o entorno do Largo do Caranguejo, Portão e Ipitanga. A ideia é implantar o sistema por etapas e não todas de uma vez. A ideia ainda é preliminar, avisou a prefeitura.
O tempo de permanência no Centro deverá ser de uma hora, com tolerância de mais uma. O usuário deverá pagar R$ 3 por hora pelo direito de estacionar em via pública.
Os comerciantes protestaram contra a ideia, mesmo em termos preliminares, já que uma das vantagens do comércio de rua em relação aos shopping centers é ter estacionamento gratuito. A prefeitura argumenta que o estacionamento pago permitirá fluxo maior de consumidores na área comercial da cidade, uma vez que a disponibilidade de vagas, na prática, vai aumentar – em função da limitação de tempo de estacionamento.
Uma das ideias sugeridas pelos comerciantes é que o estacionamento pago funcione apenas durante o horário bancário, quando há maior fluxo de pessoas.
O presidente da Associação Comercial Ricardo Souza diz que qualquer mudança que implique em aumento dos custos dos empresários ou que vá impactar o faturamento das empresas tem que vir precedido de muito debate com os empresários.
A liberação de alvarás para estabelecimentos comerciais que não têm vagas de estacionamento foi objeto de críticas de comerciantes que foram obrigados a oferecer vagas para os seus clientes.
A criação de medidas de inibição do comércio ambulante também foi assunto da reunião. Um canal de denúncia junto ao poder público que possa coibir o comércio clandestino fez parte das reivindicações.
Reunião da Associação Comercial no Centro: estacionamento pago gera polêmica