Na natureza existe um equilíbrio entre os organismos vivos e o ambiente onde vivem, ocasionando ecossistemas, com suas trocas e influências entre organismos e entre eles e o meio. A falta de equilíbrio ambiental ocorre quando certo elemento (vegetal ou animal) de um ecossistema é reduzido em quantidade, subtraído ou adicionado. Essa mudança pode gerar reações e afetar diretamente o funcionamento do ecossistema.
Às vezes os desequilíbrios ambientais podem ser pequenos e catastróficos devido aos desastres naturais causados por terremotos, tsunamis, furacões, erupções vulcânicas, fenômenos que provocam grandes danos nos ambientes onde ocorrem. A depender do tipo de ecossistema atingido, os prejuízos na comunidade biológica podem ser terríveis, sendo necessários vários anos para a sua completa recuperação.
No entanto a falta de equilíbrio ecológico pode ser devido a atividades humanas desordenadas, a exemplo de poluição atmosférica, dos lagos, rios e oceanos, desmatamento florestal, depredação e captura de animais silvestres para comércio, captura demasiada de peixes pequenos e em período reprodutivo, efeito estufa, diminuição na camada de ozônio, exploração demográfica, entre tantos outras.
Se por uma lado essas agressões à natureza comprometem o equilíbrio ecológico, a explosão demográfica da população, devido ao desenvolvimento da tecnologia, compromete a melhoria da qualidade de vida dos seres vivos. A população está aumentando em progressão geométrica, enquanto os recursos que são importantes à sobrevivência, não.
Ao exterminar florestas, alterar cursos de rios, aterrar regiões alagadas e afetar o clima, a população atinge uma rede de segurança ecológica muito complexa. Dunas, manguezais e regiões alagadas litorâneas são obstáculos naturais contra ressacas. As florestas e regiões alagadas são esponjas que conseguem absorver as enchentes.
Outro fato que serve como um alerta da natureza é o instinto dos animais. Cientistas admitem a possibilidade dos animais possuírem capacidades sensoriais bem desenvolvidas, acima das dos humanos. Eles explicam que os animais com sentidos bastante desenvolvidos (visão, audição e olfato) reagem mais às alterações no ambiente do que os humanos. Horas antes de ocorrer um desastre natural, muitos animais reagem de maneira diversa de seu comportamento natural.
EQUILÍBRIO
Lugar de lixo é na lixeira. Na próxima vez que for jogar fio dental ou papel higiênico no vaso sanitário, tenha em mente que esses materiais vão parar na rede de esgoto. De lá, seguem para um rio ou para o mar. Ou seja, além de representarem um risco para o funcionamento do sistema de esgoto da cidade, podem cair em água corrente, poluindo rios e oceanos.
Coloque avisos no banheiro de casa, no trabalho e até no lazer, para lembrar a você mesmo e aos colegas sobre a importância desses cuidados. Organize campanhas de conscientização ecológica em geral, como limpeza de rios, lagos e nascentes. O tratamento de esgoto contribui diretamente para a redução de doenças transmitidas pela água. Quanto mais pessoas estiverem conscientizadas, melhor para o meio ambiente.
Reduza o consumo de energia valorizando a iluminação natural. Abra as janelas, afaste as cortinas. Não deixe as luzes acesas desnecessariamente e desligue os aparelhos elétricos durante a noite. Troque as lâmpadas comuns (incandescentes) por lâmpadas fluorescentes. Lavar roupas de uma só vez, evitando ligar a máquina de lavar várias vezes ao dia, também é uma dica importante.
Alerte a família e os amigos para que dêem preferência aos eletrodomésticos (geladeira, TV, DVD, lavadora de roupas e de louças, etc.) que tenham o selo do Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia – que mostra o consumo do equipamento, indicando aqueles que gastam menos energia.
Preserve a fauna e a flora. Em países ricos em biodiversidade, como o Brasil, plantas e animais silvestres chamam a atenção de traficantes internacionais (biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes em uma região). O tráfico de animais silvestres é o segundo maior volume de tráfico ilegal no mundo, e ameaça agressivamente os ecossistemas. Não compre animais silvestres, como macacos, tucanos, araras, etc. Para saber quais são os animais que você pode criar em casa e quais são os ameaçados de extinção, consulte o site do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Estimule o plantio de árvores e plantas na sua casa, no seu condomínio, na escola dos seus filhos. Procure usar espécies nativas, ajudando na revitalização das áreas verdes.
Reduza o consumo de água com um simples fechar de torneiras enquanto estiver escovando os dentes, lavando as louças. A água é um dos bens mais preciosos do planeta e está entre os mais ameaçados. Em alguns países e regiões do mundo ela é uma riqueza natural cada vez mais escassa e vale mais do que o petróleo.
Evite banhos demorados e esteja atento a pequenos vazamentos. Para lavar o carro ou a calçada, use baldes ao invés da mangueira. Converse sobre esse assunto com a sua família, com os vizinhos e com o síndico do prédio.
A camada de ozônio protege a Terra da radiação ultravioleta. Há algumas décadas, foi descoberto que algumas substâncias produzidas pelo homem, como o gás CFC (clorofluorcarbono), contribuem para a destruição dessa camada, causando um grande dano ao equilíbrio do meio ambiente e podendo provocar doenças, como câncer de pele.
Cientistas vêm desenvolvendo novos produtos para substituir os que continham os compostos nocivos. Fique atento no rótulo de produtos como sprays e aerossóis (desodorantes, repelente contra insetos, entre outros) e dê preferência aos que não contêm CFC em sua fórmula.
Medidas simples como estas podem ser adotadas imediatamente e logo permitirão um cotidiano de maior atenção sobre as questões ambientais. Procure adotá-las e divulgá-las entre os amigos. Desta forma, você estará dando sua parcela de contribuição para garantir um futuro mais equilibrado.