A necessidade de dormir varia ao longo da vida e reduz conforme a idade avança. Apesar da insônia ser um distúrbio causado por diversos fatores, quem passa dos 60 anos sofre mais. Isso porque é na velhice que problemas neurológicos e cardiovasculares (que podem causar a insônia) tendem a aparecer, segundo explica Fabio Porto, neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.
“A insônia é uma insatisfação com a quantidade e a qualidade do sono associado à dificuldade em iniciar e/ou manter sua frequência”, diz Luciane Mello, especialista do sono pela Sociedade Brasileira de Sono.
A causa pode surgir por duas frentes: a primária, quando o único problema é a insônia, ou a secundária, quando o distúrbio é sintoma de outro problema ou doença, como a depressão.
Ficar sem dormir diminui a concentração, causa sonolência durante o dia, aumenta o risco de quedas, acidentes e até fraturas.
“Atitudes comportamentais podem afetar o sono, como a irregularidade de horários, preocupação, ansiedade, consumo de bebidas com cafeína à noite e comer alimentos pesados antes de dormir”, diz Porto.
Problemas pulmonares e apneia do sono também podem causar o problema. O distúrbio costuma atacar com mais intensidade mulheres, quem já teve insônia e quem tem histórico familiar.
“Sempre que o ‘funcionamento da pessoa’ estiver comprometido, seja em hábitos noturnos ou na produtividade e comportamento diurno, é hora de procurar um médico”, afirma Mello.
O tratamento depende do diagnóstico e pode ser feito apenas com mudanças de hábitos. O paciente não deve se automedicar, pois há remédios que causam dependência e podem não resolver o problema.
O médico Fabio Porto diz que o sono reparador pode variar para cada pessoa entre 5 e 9 horas. Para dormir bem é preciso ter horários regulares.