O “Espaço Social Kids” do Colégio Social de Portão: apoio às mães estudantes
O Colégio Social de Portão tem um espaço pensado para receber filhos das estudantes e netos dos professores e funcionários da unidade escolar. O ambiente é como a miniatura de uma casa, com cantinhos reservados para o preparo de alimentos, para a leitura, para as artes e para o descanso e fica aberto de segunda a sexta-feira, das 7 às 11h e das 14 às 17h.
Diretora do Colégio Social de Portão, Débora Fontes explica que o espaço foi criado para que as estudantes da unidade que se tornaram mães ainda na fase escolar não perdessem a oportunidade de continuar os estudos por não terem com quem deixar os seus filhos pequenos. “Geralmente, são alunas entre 14 e 16 anos que ficaram grávidas precocemente e que não poderiam ser excluídas do processo de desenvolvimento integral proporcionado aos estudantes, por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o processo educacional e melhorem o seu aprendizado”.
No espaço, cerca de dez crianças por turno, na faixa dois aos cinco anos, são orientadas pelo método Montessori, filosofia baseada no princípio da autonomia, da liberdade e do respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas do aluno. Esta concepção foi implantada no espaço por meio de uma parceria com a estudante de Pedagogia e pós-graduanda em Psicopedagogia Josette Tomavin.
Juntamente com a professora Amanda Campos, Tomavin faz um trabalho voluntário para oferecer às crianças um ambiente seguro e estimulante, onde são respeitadas as suas escolhas, para que possam desenvolver a liberdade de expressão, a autoconfiança e o senso crítico.
“O Espaço Kids Social é uma casinha onde elas encontram tudo existente em suas casas, só que em tamanho miniatura, a exemplo da pia, colocada na altura delas para puder usá-la quando quiserem, realizando, assim, atividades que vão contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo, psicológico, psicomotor”, explica Débora Fontes.
Dentro da metodologia Montessori, de acordo com Tomavin, as crianças são estimuladas a brincar com letras, buscando a sua familiaridade com o alfabeto, dentro da fonética. “Tenho experiências de crianças de três, quatro anos serem alfabetizadas brincando com as letrinhas, o que é uma maneira específica do método”.