O dia 20 de janeiro ficará marcado na história do Residencial Melhor Idade (@melhoridade.residencial). É que neste dia a unidade, localizada em Vilas do Atlântico, recebeu a equipe da secretaria municipal de saúde para que os 10 idosos, de 62 a 102 anos, residentes da casa, recebessem a primeira dose da vacina contra Covid-19.
Flávia Freitas, coordenadora do espaço, contou que apesar de serem meses muito difíceis, as famílias dos abrigados estão respeitando as medidas de segurança e o distanciamento, de forma que até o momento todos os idosos testaram negativo para a Covid-19. Pelas redes sociais, a administração da casa de repouso externou emoção e gratidão, visível no olhar de d. Edna Cabral, 79 anos.
A emoção de tomar a primeira dose da vacina contra Covid-19, depois de um ano de tantas restrições, já foi compartilhada por pelo menos 1.630 moradores de Lauro de Freitas. Essa foi a quantidade de doses liberadas para o município na primeira remessa encaminhada pelo governo federal, em 19 de janeiro. Dia 24, a cidade recebeu mais 1.320 doses, mas da vacina produzida pela Oxford/AstraZeneca.
Mesmo somadas, a quantidade ficou aquém da necessidade para a cumprir a determinação prevista no plano de vacinação do governo, que compreende profissionais de saúde e idosos nas instituições de longa permanência; trabalhadores da saúde na linha de frente contra a Covid-19; pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência, em residências inclusivas (institucionalizadas); população indígena vivendo em terras indígenas e havendo disponibilidade, podem também ser vacinados os demais trabalhadores da saúde, inclusive da atenção básica. Na cidade, este público-alvo é de cerca de 10 mil pessoas.
Em coletiva de imprensa, realizada em 18 de janeiro, o Secretário de Saúde, Augusto César Nascimento, destacou que a cidade está preparada, tanto para armazenamento da vacina quanto à logística e locais de vacinação, para evitar aglomerações durante o processo, e previa uma campanha de vacinação em números mais elevados do que será possível no momento.
“Montamos um planejamento com base no plano de vacinação inicialmente apresentado pelo governo federal e nele, a primeira etapa em Lauro de Freitas deveria atender cerca de 10 mil pessoas. Com as mudanças que aconteceram no processo e o número reduzido de doses que estamos recebendo neste momento, precisamos redesenhar nossa estratégia, buscar a prioridade dentre as prioridades”, frisou.
A vacinação do primeiro lote aconteceu in loco, tanto aos profissionais que atuam nas unidades municipais de atendimento exclusivas ao Covid-19, iniciando pelo PA Santo Amaro de Ipitanga, como para idosos e profissionais de lares de longa permanência. Nas unidades de saúde foram vacinados não apenas médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, mas também os profissionais de suporte (equipe de manutenção e limpeza, porteiros entre outros). Como medida de controle, todos apresentaram documento de identificação, comprovante de endereço, cartão do SUS e documento de comprovação do trabalho na unidade médica, como crachá ou contracheque.
Além das unidades municipais de saúde, também é de responsabilidade da prefeitura a vacinação dos profissionais de saúde que atuam na rede particular, a exemplo do Hospital Aeroporto, Clínica Só Kids e Hapvida, mas se desconhece em que data será possível continuar com a vacinação.
Para dar continuidade à vacinação, a prefeitura aguarda o envio por parte do governo federal de novas doses de vacina, e acompanha a ação do governo estadual para a aprovação da vacina russa Sputnik.