Conhecimento sobre oprocedimento correto pode evitar problema e aumentar produção do alimento materno
Grande parte das mães, principalmente as de primeira viagem, sente dificuldade na amamentação. A falta de conhecimento é um dos principais fatores que leva ao medo e à insegurança.
Segundo a jornalista Giovanna Balogh, do blog Mães de Peito, muitos problemas seriam resolvidos se as mães já buscassem conhecimento sobre a amamentação durante a gestação. “A mãe não se informa durante a gestação, acha que é automático. Quando pega o bebê e põe no colo, vê como é difícil. Se ela busca informação, não racha o peito e não vai sangrar”, diz Giovanna, que também atua como doula e consultora em aleitamento materno.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o leite materno tem que ser a alimentação exclusiva do bebê até o sexto mês. A partir daí, já é possível introduzir outros alimentos, como sucos e sopinhas, mas continuando com o leite materno, que pode ser dado até os dois anos ou mais. “O leite materno é o alimento geneticamente feito para o bebê. É rico nos componentes que preparam as defesas no corpo do bebê, tem balanço calórico e causa o melhor desenvolvimento possível”, afirma o pediatra e neonatologista Nelson Douglas Ejzenbaum, membro da Sociedade Americana de Pediatria.
É comum que mães com dificuldades acabem apelando a fórmulas artificiais, vendidos em farmácia, para amamentar o bebê. O preço pode variar entre R$ 25 e R$ 60, dependendo do produto. Os médicos não condenam, mas pedem para que a mãe insista com o leite materno. “Ninguém é contra ou a favor. Somos a favor do leite materno. O artificial pode ser usado em último caso”, diz Ejzenbaum. “Existem várias técnicas para a mãe aumentar a produção de leite.”
TEMPO NÃO DEVE SER CRONOMETRADO
Outra dúvida recorrente das mães é o tempo de mamada. Não pode ser marcado, pois o bebê mama quantas vezes quiser e o tempo que quiser. “Tem vez que o bebê vai mamar um minuto, na outra, dez minutos, ou meia hora. O importante é estar no peito”, diz Giovanna Balogh. “O ideal é um peito em cada mamada. Mas, se esvazia, dá o outro”, completa.