
Os curtas-metragens abordaram as mais diferentes temáticas, da história local ao contemporâneo, como problemáticas da adolescência, casos de saúde, bullying, tecnologias digitais, produção musical e violências.
Mais de mil estudantes participaram, ao longo do ano, das oficinas de roteiro, filmagem, produção e edição. No total, 62 projetos foram submetidos para a 5ª Mostra, que premiou, entre 20 finalistas, vencedores das categorias de melhor filme, direção, roteiro, fotografia, edição e montagem, direção de som, atriz e ator, direção de artes, atriz e ator coadjuvante.
Com uma produção de comédia dramática, em que uma senhora se cansa das tarefas domésticas em função da família e decide curtir a própria vida, a Escola Municipal Barro Duro foi a grande campeã de melhor filme com o curta “Ihh, vovó tirou férias!”.
A Escola Municipal Santa Júlia produziu o filme “O grito que ninguém escuta”, uma abordagem sobre depressão e automutilação na adolescência, e conquistou o segundo lugar. As escolas Ana Lúcia Magalhães e Cadetes Mirins empataram na terceira posição, com os curtas “Mulheres Guerreiras” e “Favela Vive”.
A prefeita Moema Gramacho entregou o prêmio de melhor filme ao primeiro colocado e agradeceu aos que acreditaram “nesse projeto que trabalha o audiovisual com uma potência para a educação”. Os premiados ganharam cursos de preparação de empresas privadas e tablets, além de certificação.
Para Alexandre Sena, idealizador do Educa7, apresentar à comunidade escolar o resultado das produções é mais que uma simples mostra. Para ele, o aprendizado da 5º edição superou as anteriores e a relação do aluno com o território deu maior realismo aos curtametragens. Segundo ele, produções do projeto chamaram atenção de cineastas para um intercâmbio entre Bahia e Goiás. Está sendo considerada a possibilidade de exibição de filmes do Educa7 em outro estado e até em outro país.
Gabriella Santana, coordenadora do Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de Educação, destaca que a mostra teve uma participação maior das escolas este ano. “Percebemos que as unidades de ensino começaram a entender que as linguagens do audiovisual, das tecnologias e da inovação, podem auxiliar no processo de integração dos alunos com a identidade territorial e sociedade”, disse.
Durante a Mostra, estudantes e grupos culturais fizeram apresentações de dança. Uma produção de extensão do projeto de educomunicação – Tem Criança no 7 – também foi exibida. Gabriel da Silva, aluno da escola Ana Lúcia Magalhães, interpretou “Zulu” no filme “Mulheres Guerreiras”. Para ele, a cena mais marcante é uma em que o seu personagem se joga, sem camisa, nomeio da vegetação.
A vovó do filme campeão, Alda Maria Guimarães, que também ganhou como melhor atriz, ressalta que todos os processos de produção do curta-metragem envolveram a comunidade da escola onde é vice-diretora. O projeto Educa 7 Minutos consiste no fomento, orientação, divulgação e premiação de filmes produzidos por jovens, oriundos da rede escolar ou de grupos sociais de Lauro de Freitas.