Perda da sustentação da bexiga afeta mulheres obesas

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    Fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, a obesidade também influencia o surgimento de problemas associados, como a incontinência urinária e cistocele, popularmente conhecida por bexiga baixa. A incontinência urinária tem alta prevalência na população e afeta de maneira significativa a qualidade de vida. Estima-se que 20% das mulheres acima de 40 anos apresentem algum grau do problema. A cistocele ocorre devido à perda da sustentação da bexiga feita pelos músculos e ligamentos da pelve. Um dos primeiros sintomas é a incontinência urinária. “Em torno de 40% das pacientes com incontinência urinária apresentam algum tipo de prolapso vaginal”, comenta o urologista Fernando Almeida.
     
    Considera-se fator de risco mulheres cujo Índice de Massa Corporal (IMC) esteja acima dos 26. O IMC é padrão internacional para avaliar o grau de obesidade e pode ser calculado dividindo o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). “A relação entre obesidade e incontinência urinária foi notada quando pacientes emagreceram após a cirurgia de redução de estômago, relatando que não mais perdiam urina”, explica o especialista. No entanto, se estiver caracterizada uma queda da bexiga, emagrecer não é o suficiente para solucionar o problema. Neste caso é necessário realizar cirurgia para sustentar o órgão.
     
    “Há diversas técnicas disponíveis, entre elas a inserção de uma tela que faz as vezes da sustentação muscular”, conclui o médico. Vale ressaltar que o exame clínico é uma das principais formas de diagnóstico podendo ser auxiliado por outros procedimentos, como estudo urodinâmico, ultrassonografia e ressonância magnética.

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